Após eleições históricas, EUA prometem abrandar sanções contra Mianmar, ex-Birmânia
A secretária de Estado americana Hillary Clinton anunciou nesta quarta-feira que os Estados Unidos se comprometem a suspender algumas das sanções econômicas e financeiras contra Mianmar, ex-Birmânia, após a vitória da Liga nacional para a democracia (LND) da opositora Aung San Suu Kyi nas eleições legislativas parciais do último domingo. Os americanos também vão enviar um embaixador para a capital Rangum.
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Hillary Clinton se declarou disposta a "começar a suspender a proibição de certos investimentos e produtos financeiros americanos", uma medida destinada segundo ela a encorajar a junta militar a continuar sua política de abertura após a eleição da ganhadora do Prêmio Nobel da Paz.
Os Estados Unidos vão nomear um embaixador em Mianmar após duas décadas de relações diplomáticas reduzidas, abrir um escritório da Agência para o desenvolvimento internacional (US Aid) em Rangum e defender um estatuto de "país normal" para Mianmar junto ao Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (Pnud).
Washington também pretende abrandar as proibições de vistos impostas a certos oficiais de Mianmar e autorizar organizações não governamentais americanas a conduzir atividades não comerciais em áreas como a democratização, a educação e a saúde.
Entre todas as sanções impostas a Mianmar desde a repressão do movimento pró-democracia de 1988 e o congelamento dos resultados das eleições vencidas pela LND dois anos mais tarde, algumas podem ser suspensas imediatamente, mas outras levarão mais tempo porque estão ligadas a avanços específicos na luta contra o tráfico de droga, a lavagem de dinheiro ou o uso de crianças como soldados.
Os recursos naturais de Mianmar são cobiçados por empresas americanas, sobretudo seu petróleo e seu gás natural, setor no qual as grandes companhias dos Estados Unidos tiveram que deixar o caminho livre para a francesa Total e para as companhias asiáticas após a adoção das sanções.
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