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Tailândia/Atentado

Iranianos são indiciados na Tailândia por atentado contra israelenses

Dois iranianos suspeitos de envolvimento em uma série de explosões ocorridas nesta terça-feira em Bangcoc foram indiciados hoje na Tailândia, acusados pelos serviços de inteligência locais de planejar um complô contra diplomatas israelenses. As acusações formuladas pela polícia tailandesa são de explosão ilegal em local público e tentativa de homicídio de oficiais e pedestres.

Iraniano Mohammad Hazaei, 42, foi detido no aerroporto internacional de Bangcoc e é suspeito de participar de um atentado contra dipàlomatas iranianos.
Iraniano Mohammad Hazaei, 42, foi detido no aerroporto internacional de Bangcoc e é suspeito de participar de um atentado contra dipàlomatas iranianos. Reuters
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Apenas um dos detidos, Said Morati, de 28 anos, foi identificado. O homem perdeu as duas pernas com as explosões. Até o momento, as investigações não fazem referência a um atentado terrorista. O Irã, acusado por Israel de estar por trás de outros dois atentados esta semana na Geórgia e na Índia, negou sua participação no complô de Bangcoc e ainda acusa Israel de tentar prejudicar as relações amistosas entre Teerã e o governo da Tailândia.

O chefe da diplomacia tailandesa, Surapong Tovichakchaikul, evitou fazer referência a um “ato terrorista”, mas admitiu que a situação é “parecida” com a que aconteceu em Nova Déli onde um diplomata israelense ficou ferido.

Mas uma fonte, que pediu para não ser identificada, disse à agência AFP que se trata de um “grupo de assassinos”, composto por três iranianos, que tinha como alvos os diplomatas israelenses, incluindo o embaixador. O plano, segundo a fonte, seria de acoplar uma bomba a um dos carros diplomáticos.

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, não demorou a vincular a explosão na Tailândia com os ataques na Geórgia e Índia. "A tentativa de ataque em Bangcoc prova mais uma vez que o Irã e seus agentes continuam a agir por meio do terrorismo", afirmou Barak.

O embaixador israelense na Tailândia, Itzhak Shoham, confirmou a tese. “Há semelhanças entre as coisas que foram encontradas, os explosivos (que) parecem bem similares aos que foram usados na Índia e na Geórgia; então partimos do princípio de que tudo faz parte da mesma rede”, afirmou. “E acreditamos que o Irã esteja por trás disso”, concluiu o embaixador.

Nessa escalada de tensão com Israel, o governo iraniano anunciou nesta quarta-feira que o país vai alimentar seu reator para pesquisas médicas, em Teerã, com combustível nuclear próprio.

As primeiras barras de combustível nuclear serão carregadas na presença do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

 

 

 

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