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Camboja/Julgamento

Líder de torturas no Camboja é condenado à prisão perpétua

O Tribunal Internacional do Camboja, com o apoio da ONU, condenou nesta sexta-feira à prisão perpétua o chefe torturador do regime do Khmer Vermelho Kaing Guek Eav, conhecido como Duch, de 69 anos. O massacre ocorreu entre 1975 e 1979.

Julgamento do chefe torturador do Khmer Vermelho, Kaing Guek Eav.
Julgamento do chefe torturador do Khmer Vermelho, Kaing Guek Eav. REUTERS
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A nova sentença, proferida após um recurso de apelação da defesa, agrava a pena de 30 anos que Duch já havia recebido por crimes de guerra e contra a humanidade, imposta em 2010 pela morte de cerca de 15 mil pessoas na prisão dirigida pelo carrasco.

O juiz da Suprema Corte aumentou a condenação por declarar Duch culpado igualmente de extermínio, depois de anular a compensação pelo tempo passado na prisão sem julgamento e desprezar o peso dos atenuantes expostos pela defesa. A pena de morte é proibida pelo regulamento do tribunal misto criado para o julgamento.

O magistrado afirmou que "os crimes de Kaing Guek Eav estão entre os piores da história" e "merecem a pena mais dura possível". Advogados da defesa disseram que vão novamente recorrer da decisão.

Duch reconhece sua culpa na tortura e na morte de 15 mil vítimas, ocorridas entre 1975 e 1979. Ele ficou calado após o anúncio do veredito e foi levado a uma prisão de Phnom Penh, onde deve cumprir a pena.

O regime marxista do Khmer Vermelho, liderado pelo ex-ditador Pol Pot, morto em 1998, é acusado de ter provocado o extermínio de 2 milhões de cambojanos, vítimas de tortura, fome ou fadiga.

Outros três acusados, o ideólogo e número dois da organização, Nuon Chea, o ex-ministro das Relações Exteriores Ieng Sary e o ex-chefe de Estado Khieu Samphan, vêm sendo julgados desde novembro passado.

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