Premiê da Turquia compara o regime da Síria ao nazismo
Comparando a repressão do regime sírio aos piores momentos do nazismo, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu a renúncia imediata do ditador sírio, Bashar al Assad. As forças de segurança sírias mataram nesta terça-feira mais de 33 pessoas, a maioria durante invasões às casas de manifestantes.
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"Combater seu próprio povo até a morte não é um sinal de heroísmo e sim de covardia. Se quer ver quem lutou até à morte contra o seu próprio povo, olhe para a Alemanha nazista, olhe para Hitler e Mussolini", afirmou o premiê turco, durante uma visita a Londres nesta terça-feira.
Na tentativa de convencer o ditador sírio a deixar o poder, Erdogan disse que, se esses exemplos não forem suficientes para tirar lições, "olhe para o dirigente líbio assassinado, que apontou armas ao seu próprio povo e utilizou as mesmas expressões que você menos de um mês atrás".
Nesta quarta-feira, ainda em Londres, ao citar a repressão sangrenta contra as manifestações, o premiê turco afirmou que a Síria chegou a um ponto sem volta.
"O destino da Síria é importante para toda a região. Por isso, nós temos a responsabilidade de defender a integridade territorial e a unidade política de todos os países da região a todo custo", acrescentou Erdogan.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou, nesta terça-feira, uma resolução condenando a repressão na Síria. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, os esquadrões do país não têm compaixão nem pelos jovens. Entre os mortos, estão seis crianças e adolescentes, além de cinco desertores do Exército.
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