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Haiti

Jovem pede 5 milhões para retirar denúncia contra militares uruguaios

O jovem haitiano que teria sido violentado por cinco militares uruguaios, membros da Missão da ONU para Estabilização do Haiti (Minustah), teria pedido 5 milhões de dólares para retirar a denúncia. A informação foi divulgada pelo promotor judicial encarregado do caso em Montevidéu, Eduardo Fernández Dovat.

Os cinco capacetes azuis uruguaios já foram processados pela justiça militar.
Os cinco capacetes azuis uruguaios já foram processados pela justiça militar. © Nations Unies/Logan Abassi
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A negociação aparece em um vídeo feito no Haiti sobre uma reunião entre o jovem, seus familiares, seu advogado e representantes do exército uruguaio. “Em um determinado momento do vídeo, o jovem diz que foi violentado. Em outro momento, o advogado diz que, mais que buscar a verdade, interessa buscar um acordo econômico. Eles pedem 5 milhões de dólares”, afirmou o promotor.

Os responsáveis pelo caso querem interrogar o jovem e estão dispostos a viajar ao Haiti, mas ainda não o localizaram. Segundo Dovat, isso poderia causar o arquivamento do processo, pois as declarações da vítima são decisivas.

Os cinco capacetes azuis uruguaios já foram processados pela justiça militar. No último 19 de setembro, eles foram condenados por delitos de desobediência e omissão em serviço. O abuso sexual não teria sido considerado por não figurar como delito na justiça militar.

O presidente uruguaio, José Mujica, enviou uma carta com desculpas ao presidente do Haiti, Michel Martelly, e se comprometeu a aplicar as medidas necessárias contra os responsáveis pelo abuso. A Minustah, presente no Haiti desde 2004, é liderada pelo Brasil e conta com tropas de 18 países, a maioria deles latino-americanos.
 

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