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Contradição

EUA e Reino Unido cooperaram com regime de Kadafi, diz imprensa

Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido cooperaram "estreitamente" a partir de 2000 com os serviços secretos da Líbia, segundo informações publicadas hoje pela imprensa internacional.

Estados Unidos e Reino Unido cooperaram com o general Muammar Kadafi, segundo jornais britânicos e norte-americanos.
Estados Unidos e Reino Unido cooperaram com o general Muammar Kadafi, segundo jornais britânicos e norte-americanos. REUTERS/Ahmed Jadallah/Files
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O jornal inglês Independent, e os norte-americanos Wall Street Journal e The New York Times citam arquivos encontrados pela ONG Human Rights Watch em um imóvel dos serviços secretos da Liíbia, em Trípoli.

Os documentos indicam, por exemplo, que na administração de George W. Bush, a CIA, o serviço de inteligência norte-americano, entregou à Líbia suspeitos de terrorismo, sugerindo ao governo do coronel Muammar Kadafi as perguntas que deveriam ser feitas aos presos.

Em 2004, a CIA chegou a estabelecer uma "presença permanente" na Líbia, segundo nota assinada por Stephen Kappes, um alto responsável da agência americana, e entregue a agentes secretos da Líbia.

De acordo com o New York Times, a CIA enviou, pelo menos oito vezes, suspeitos de terrorismo à Líbia para serem interrogados pelas autoridades do país.

Em troca, os serviços secretos líbios teriam pedido aos Estados Unidos ajuda para localizar um dirigente da oposição, Abu Abdullah al-Sadiq. Em 2004, nota da CIA informa ao regime de Kadafi que a agência tentava localizar o opositor.

O jornal britânico Independent divulgou informações similares, citando documentos "top secret". Segundo eles, o Reino Unido comunicou, também em 2004, informações sobre opositores do regime de Kadafi ao governo líbio.

Outros documentos tratam da visita do então primeiro-ministro britânico Tony Blair a Trípoli em 2004, indicando que ele teria insistido para ser recebido por Kadafi em sua tenda.

Ainda segundo informações do Independent, os serviços secretos britânicos teriam ajudado a redigir o discurso de Kadafi anunciando que a Líbia iria renunciar a armas de destruição massiça.

Tanto o governo norte-americano quanto o governo britânico se recusaram a comentar as informações.

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