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Líbia/conflito

Rebeldes avançam para Sirte e tentam rendição de fiéis a Kadafi

Os insurgentes líbios avançam neste domingo rumo a Sirte, cidade-natal do ditador Muammar Kadafi, onde tentam uma rendição negociada dos apoiadores do regime. A região hoje é o último reduto forte dos leais a Kadafi.

Civis fazem fila para comprar pão em Trípoli, onde o comércio começa a reabrir.
Civis fazem fila para comprar pão em Trípoli, onde o comércio começa a reabrir. Reuters
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Os rebeldes partem de Benghazi, a leste, e de Misrata, a oeste, e seguem juntos rumo à cidade. Uma primeira vitória foi selada en Ben Jaxad, a 140 quilômetros de Sirte. De sua parte, a Otan segue bombardeando alvos estratégicos em Sirte, onde o ditador pode estar escondido.

Fora do campo de batalha, negociações foram iniciadas entre os líderes tribais de Sirte e os insurgentes, em vistas a uma rendição sem guerra. No entanto, um porta-voz rebeldes advertiu que “a negociação não será eterna” e se não funcionar rapidamente, a questão será resolvida pelas armas.

Já no front oeste, os insurgentes sofreram uma derrota ao caírem em uma emboscada na cidade de Ragdaline, a cerca de 60 quilômetros da fronteira com a Tunísia. Houve confrontos com armamento pesado, mas não há informações sobre número de mortos.

Os insurgentes se mostraram preocupados com a situação de cerca de 50 mil pessoas que foram presas desde o início dos conflitos no país, em fevereiro, e até agora não foram localizadas, apesar da tomada de Trípoli pelos rebeldes. Dezenas de valas comuns foram descobertas nos arredores das principais prisões. Desde que a capital foi invadida, 10 mil presos já foram libertados, anunciaram hoje os insurgentes.

Trípoli permanece com racionamento de água e luz, mas apesar das dificuldades, a capital começa lentamente a voltar a funcionar. O comércio reabre aos poucos, incentivado pela diminuição dos conflitos e das rajadas de tiros a cada dia, uma semana após a invasão. Os rebeldes atribuem os disparos que ainda acontecem a apoiadores de Kadafi que se defendem, mas não haveria mais grupos organizados. O domingo foi de relativa calma.

Enquanto isso, os países ocidentais que auxiliaram o insurgentes na rebelião se organizam para ajudar na reconstrução da Líbia. Haverá uma conferência em Paris, na quinta-feira, para determinar as próximas ações. Mais de 50 países já reconheceram o Conselho Nacional de Transição, formado pelos rebeldes, como a autoridade legítima política na Líbia.

 

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