Rebeldes lançam ofensiva para conquistar Trípoli e derrubar Kadafi
Confrontos entre rebeldes e forças pró-Kadafi acontecem desde a última noite em vários bairros da capital líbia, último reduto do ditador líbio. Os insurgentes batizaram esta nova fase dos combates de “operação sereia”. Muammar Kadafi voltou a fazer um discurso e acusou o presidente francês de liderar os ataques.
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O porta-voz do Conselho Nacional de Transição líbio, Ahmad Jibril, informou que a “operação sereia” (nome como é também conhecida Trípoli) visa isolar Kadafi e seus colaboradores. O objetivo final é a rendição do líder líbio. A operação lançada no sábado à noite é realizada conjuntamente pelo CNT e rebeldes armados, com o apoio da OTAN, indicou Ahmad Jibril à AFP.
Segundo o testemunho de um morador de Trípoli, entrevistado pelo enviado especial da RFI à Líbia, os moradores da capital se revoltaram e participam também dos combates. O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, prevê a queda de Kadafi ainda neste domingo.
Já o porta-voz do regime líbio afirmou hoje que milhares de soldados profissionais e voluntários estão a postos para defender Trípoli. “A cidade está protegida. Milhares de patriotas defendem suas casas e famílias e se os rebeldes entrarem haverá um banho de sangue”, advertiu Moussa Ibrahim, durante uma coletiva de imprensa.
Os rebeldes teriam matado 31 membros das forças pró-Kadafi em Trípoli, informou a TV Al Jazira. 42 soldados teriam sido presos.
Discurso de Kadafi
Após o início dos combates em Trípoli, Muammar Kadafi voltou a fazer um discurso. No áudio, transmitido ao vivo pela televisão, o líder líbio elogiou a população “pela eliminação dos ratos rebeldes” e acusou o presidente francês Nicolas Sarkozy de liderar os ataques. Segundo Kadafi, Sarkozy está de olho no petróleo líbio.
Ele voltou a pedir a população do país para se mobilizar e marchar aos milhões para libertar as cidades tomadas pelos rebeldes.
Repatriação de estrangeiros
Um navio maltes que deveria repatriar estrangeiros de diversas nacionalidades de Trípoli não pode aportar na capital líbia neste domingo. O navio foi alvo de tiros declarou à AFP o porta-voz do ministério polonês das Relações Exteriores. Os estrangeiros, principalmente de nacionalidade britânica, aguardam para ser levados para Malta.
No plano diplomático, a Tunísia reconheceu hoje o Conselho Nacional de Transição como o único representante do povo líbio.
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