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Dominque Strauss-Kahn/escandâlo

Suposta vítima de Strauss-Kahn mentiu nos depoimentos, diz NYT

Segundo o jornal americano The New York Times, que cita fontes ligadas ao caso, a promotoria tem sérias suspeitas sobre a credibilidade da suposta vítima do ex-diretor do FMI, que poderia deixar sua prisão domiciliar ainda nesta sexta-feira. A camareira do hotel Sofitel, que acusa o ex-patrão do FMI de tê-la agredido sexualmente no dia 14 de maio, teria mentido várias vezes em seus depoimentos.

A credibilidade da acusadora de DSK apresenta falhas graves.
A credibilidade da acusadora de DSK apresenta falhas graves. Reuters
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Nafissatou Diallo, 32 anos, teria fornecido falsas informações para obter sua permanência nos Estados Unidos, além de ter ligações com uma rede de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Os investigadores descobriram que vários depósitos, que totalizam U$ 100.000, foram feitos na conta da camareira nos últimos dois anos. Um dos depósitos foi realizado por um traficante de drogas, atualmente detido, com quem a camareira guineense conversou pelo telefone no dia seguinte da suposta agressão. Na conversa, gravada pelos investigadores, ela comentou que poderia ganhar muito dinheiro se mantivesse as acusações contra Strauss-Kahn.

As revelações do jornal americano The New York Times, que podem invalidar todas as acusações contra o ex-chefe do FMI, devem repercutir na audiência surpresa de Strauss-Kahn esta tarde. Os advogados do francês vão pedir o fim de sua prisão domiciliar e devem ter o pedido atendido pela justiça, segundo o jornal americano. Ainda de acordo com o The New York Times, o promotor Cyrus R. Vance Jr, 56 anos, deverá dizer ao juiz “que tem problemas com o caso” por conta das últimas descobertas dos investigadores. Desde o início, o ex-patrão do FMI afirma que é inocente e a relação sexual com a camareira foi consentida. O escândalo obrigou Strauss-Kahn a pedir demissão da direção do Fundo Monetário Internacional, assumida pela ministra francesa Christine Lagarde, e acabou com suas pretensões de candidatar-se às presidenciais na França, que acontecem em 2012.

A reviravolta no caso pegou os socialistas de surpresa. Strauss-Kahn, favorito às eleições presidenciais antes do escândalo, poderia voltar à cena política. Existe entretanto um problema de calendário : a data limite para o depósito das candidaturas para as primárias socialistas, previstas para o dia 9 de outubro termina no próximo 13 de julho. Alguns analistas da imprensa francesa acreditam que, se ele for inocentado e o PS vencer as presidenciais francesas, Strauss-Kahn poderia ser indicado ao cargo de primeiro-ministro.
 

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