Operadora de Fukushima oferece indenizações a cidades vizinhas da central nuclear
A operadora da central de Fukushima ofereceu indenizações a dez cidades vizinhas da usina nuclear cujos habitantes tiveram que ser retirados de suas casas devido aos riscos de contaminação pela radioatividade. Uma das cidades atingidas recusou a oferta da empresa Tepco de receber o valor de 20 milhões de ienes, o equivalente a 255 mil dólares.
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Um porta-voz da cidade de Namie confirmou que a prefeitura recusou a proposta da Tepco para manter a liberdade de criticar a empresa. "A população local ultrapassa 20 mil habitantes, ou seja, cada morador receberia menos de 1.000 ienes (12,7 dólares). O valor não permite que as pessoas atingidas sobrevivam”, declarou o porta-voz.
Cerca de 80 mil pessoas vivendo em um perímetro de 20 quilômetros em torno da central nuclear de Fukushima foram forçadas a deixar a área e tiveram que abandonar tudo. Muitos agricultores da região de Fukushima, no nordeste do Japão, tiveram que suspender a comercialização de legumes e leite devido a taxas altíssimas de radiação emitidas por 4 reatores que foram danificados.
Mais de três semanas após o tremor de terra e o tsunami, a situação da central nuclear de Fukushima continua instável diante do problema dos circuitos de resfriamento do combustível nuclear que ainda não foram consertados.
Os reatores continuam a emitir radiação no ar, no solo e no mar, ameaçando contaminar toda a cadeia alimentar e a água potável.
O ministro japonês da Indústria, Banri Kaieda, disse nesta terça-feira ter ordenado à empresa Tepco para se preparar e pagar rapidamente as indenizações às populações atingidas.
Segundo a agência de notícias, Kyodo, a Tepco deverá calcular junto com o governo, as indenizações a serem pagas às empresas, agricultores e aos pescadores afetados pelo acidente nuclear.
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