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Caso Gammy/Austrália

Pai biológico de Gammy é investigado após denúncias de pedofilia

O caso do bebê Gammy, gerado por uma mãe de aluguel na Tailândia, ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (6). O pai biológico da criança, acusado de abandoná-la após saber que o bebê era portador de Síndrome de Down, está sendo investigado após denúncias de pedofilia na Austrália.

O bebê Gammy, de 7 meses, é portador da Síndrome de Down e nasceu com problemas cardíacos e pulmonares.
O bebê Gammy, de 7 meses, é portador da Síndrome de Down e nasceu com problemas cardíacos e pulmonares. REUTERS/Damir Sagolj
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De acordo com a imprensa australiana, o eletricista de 56 anos, morador da cidade de Bunbury, no sudoeste da Austrália, já tem duas passagens pela prisão. Ele foi condenado a três anos de detenção por violências sexuais contra duas meninas de menos de 10 anos, quando ele tinha cerca de 20 anos, e a um ano e meio de detenção, em 1997, também por agressões sexuais contra uma menor.

Uma investigação oficial foi aberta pelo serviço social da Austrália. A irmã gêmea de Gammy, que nasceu saudável, foi levada pelo casal, e a peocupação agora é com o bem-estar da menina. Autoridades tentaram entrar em contato ontem com os pais biológicos dos bebês, sem sucesso. A residência deles está fechada e cercada por jornalistas.

De acordo com o porta-voz do Serviço de Proteção das Crianças do país, Darren O’Malley, as investigações se focam na segurança da criança que está com o casal. “Vamos ouvir os envolvidos no caso e recolher informações da polícia e de outros membros da família deles”, disse.

Polêmica

O casal australiano está no centro de uma polêmica que começou com o abandono do bebê, gerado por uma mãe de aluguel tailandesa, há sete meses. Eles teriam se recusado a ficar com a criança depois que souberam que ela era portadora de Síndrome de Down. Mas ambos dizem terem sido notificados apenas que Gammy havia nascido com problemas cardíacos e pulmonares e não sobreviveria mais do que um dia.

A mãe de aluguel, a tailandesa Pattarmon Chabua, de 21 anos, alega, no entanto, que quando o casal soube que o bebê era portador da Síndrome de Down, ainda durante a gravidez, eles informaram a agência que serviu de intermediária entre as duas partes que gostariam que um aborto fosse feito. No entanto, Pattarmon se recusou a fazê-lo porque o aborto é legal na Tailândia apenas em caso de estupro ou se o bebê representa risco de morte para a mãe.

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