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Planeta Verde

Competição internacional apresenta casas sustentáveis

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Uma Copa do Mundo diferente acontece neste momento: uma competição internacional dos 20 projetos de casas mais inovadoras e sustentáveis, que se alimentam apenas de energia solar. O Solar Decathlon desembarca pela primeira vez na França, com ideias do que podem ser as moradias do futuro nos mais diferentes países, de acordo com a realidade de cada lugar.

Visitantes do Solar Decathlon.
Visitantes do Solar Decathlon. Solardecathlon
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Os participantes, estudantes ou recém-formados de 16 nacionalidades, tiveram um ano para realizar os projetos e apenas 11 dias para montar a casa no espaço do evento, em Versalhes. Os principais critérios que serão avaliados pelo júri são a densidade, a mobilidade, o baixo consumo energético e, é claro, a inovação.

Uma das casas que mais têm atraído os visitantes é a Philéas, a “cidade fértil” pensada pela equipe francesa. Os estudantes tiveram carta branca para revitalizar uma zona industrial da cidade de Nantes e imaginaram uma residência que chega a produzir mais energia do que consome. O “excesso” é compartilhado com a vizinhança, assim como outras surpresas. “Em vez de destruir esse prédio, que está completamente abandonado, preferimos revalorizá-lo. Inserimos o princípio da agricultura na cidade, com uma horta por todo o telhado”, relata Coralie Zissman. “E o terceiro ponto é o reforço das redes de proximidade, com um hall comum entre os prédios, onde os habitantes convivem e consomem os produtos da horta. Tudo isso é a cidade fértil.”

Fenômenos extremos

A ocorrência de catástrofes naturais, que devem ser cada vez mais comuns nos próximos anos, conforme os climatologistas, também foi levada em consideração por várias equipes. Acostumados com incêndios florestais, terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas, os chilenos que projetaram a Casa Fenix desenharam uma moradia modulável que começa provisória, com uma área de emergência. Mas depois, se transforma em uma verdadeira casa para abrigar aqueles que perderam tudo em uma tragédia.

“A ideia da Casa Fenix é poder atender imediatamente às necessidades de uma família que seja afetada por uma catástrofe. É uma casa feita para se poder sobreviver um ou dois dias em uma situação de urgência, mas depois ela se transforma em uma casa normal, definitiva”, explica Katherine Cabezas. “É uma construção que se adapta ao terreno – Valparaíso, por exemplo, tem um relevo muito variável. Então a casa se adapta ao terreno como se fosse um 'Lego'.”

Do outro lado do mundo, os estudantes tailandeses também consideraram os fenômenos extremos na hora de conceber a Baan Chan, ou a “casa terraço”, que tem um sistema de ventilação natural, adaptado para o calor do país. A região de Bangok é acostumada a sofrer com enchentes. Para enfrentar o problema, a casa moderniza as antigas moradias tailandesas, com o térreo resistente até um mês sob a água, enquanto o segundo andar pode ser adaptado para se transformar em uma casa completa durante um período de emergência – sem que as funcionalidades da residência, alimentada por energia solar, sejam afetadas.

“Nós usamos bambu, que é comum na Tailândia. As paredes externas e até o chão é de bambu, que pode ficar submerso por um mês que nada acontece”, afirma um dos autores do projeto, Sirakit Charoenkitpisut. “Mas as estruturas internas são em laminado e plástico, devido ao conceito de flutuação da casa, que é bem isolada. Sem contar que se a água entrar, a casa não estraga por dentro.”

Essas e muitas outras ideias inovadoras ficarão expostas até o dia 14 julho.

 

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