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Venezuela/Política

Maduro propõe conferência de paz, mas protestos na Venezuela continuam

A abertura ao diálogo anunciada pelo presidente Nicolás Maduro no último sábado (22) parece não ter sido suficiente para acalmar os ânimos da oposição. Depois de uma segunda-feira de barricadas e confrontos entre manifestantes e policiais por todo o país, Caracas será palco nesta terça-feira (25) de novos protestos organizados pelas redes sociais.  

Manifestantes anti-governo montaram barricadas em Caracas, Venezuela, em 24 de fevereiro de 2014..
Manifestantes anti-governo montaram barricadas em Caracas, Venezuela, em 24 de fevereiro de 2014.. REUTERS/Carlos Garcia Rawllins
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O movimento já dura três semanas, deixou 14 mortos e 140 feridos, de acordo com os números oficiais. Em San Cristóbal, onde as manifestações eclodiram no dia 4 de fevereiro, um jovem morreu ao cair de uma laje quando as forças de segurança tentavam conter os protestos com balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio, que também foram usadas pela polícia em Valencia, terceira maior cidade do país, e nesta madrugada para dispersar uma nova passeata.

No início, o movimento reclamava da violência urbana, mas as queixas se diversificaram: crise econômica, escassez de produtos de base, violência policial e a libertação de manifestantes presos estão agora na agenda.

Maduro propõe diálogo

O presidente Nicolás Maduro já havia convocado em dezembro os prefeitos e governadores da oposição para discutir a questão da segurança, mas os diálogos não prosseguiram. Desde a prisão do opositor Leopoldo Lopez por incitação à violência, a situação ficou ainda mais tensa. Ele pregou abertamente o golpe de Estado, mas a detenção é questionada mesmo dentro do partido governista.

Neste clima feroz, outros membros do executivo têm tentado acalmar os ânimos. Na segunda-feira (24), a chefe do Ministério Público, Luisa Ortega garantiu que a Justiça investigará todos os casos de violação dos direitos humanos que teriam acontecido nas últimas três semanas. Na quarta-feira, a conferência de paz convocada pelo presidente deve reunir governadores dos 23 Estados - entre eles, Henrique Capriles, candidato derrotado por Maduro nas últimas eleições presidenciais.

Capriles, que tem sido criticado pela oposição por sua moderação, anunciou via Twitter que não participará das manifestações por conta da "repressão e das violações aos direitos humanos".

 

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