Depois do Senado, novo premiê da Itália deve obter confiança do Parlamento

Depois de um longo discurso na segunda-feira (24), que durou 70 minutos no Senado,o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi obteve a confiança de 169 senadores, 4 a menos do que o seu antecessor, Enrico Letta. Em compensação, os 139 contrários lhe garantiram uma dura oposição. Hoje (25) Renzi deve conseguir facilmente o voto de confiança do Parlamento, onde seu partido é maioria. 

O primeiro-ministro da República italiana, obteve na madrugada desta terça-feira (24), um voto de confiança do Senado REUTERS/Remo Casilli

Gina Marques, correspondente da RFI em Roma

Matteo Renzi se apresentou enérgico, determinado e seguro de si. Ele criticou a velha politica, descreveu a Itália como um país enferrujado, que precisa de reformas imediatas começando pela lei eleitoral, além da redução de impostos e da burocracia, prometendo resultados já no segundo semestre.

Renzi destacou também a necessidade de incentivos para a educação e a justiça, porque" é aí que nasce a credibilidade de um país", ele disse. O novo primeiro ministro afirmou que “ se o governo perder , a responsabilidade sera' dele”.

Renzi, líder do Partido Democrático, falou também que "chegou a hora ser valentes, de adotar mudanças radicais e rápidas". Ele lembrou que tem 39 anos e não poderia ser eleito senador, já que a idade mínima é 40 anos. Ele também falou da possível abolição do Senado, ponto central do seu programa.

Paridade inédita

O governo formado pelo novo premiê é o primeiro paritário da história da Itália, formado por oito homens e oito mulheres, com uma idade média de menos de 50 anos.

Matteo Renzi está na Câmara dos Deputados, que hoje deve aprovar facilmente a confiança ao seu governo, pois o Partido Democrático conta com a maioria dos deputados.