Ataque a shopping de Nairóbi revela terrorismo global na África

O ataque terrorista a um shopping de luxo de Nairóbi revelou a presença crescente de grupos radicais islâmicos em países da África. O ataque foi reivindicado pelo grupo Al-Shebab da Somália vinculado à rede terrorista Al Qaeda. O Chefe do Estado Maior do Quênia afirmou que os terroristas são de diversas nacionalidades e que o país está enfrentando o terrorismo global. Grupos islâmicos ligados à Al Qaeda também ameaçam a estabilidade em outros países da áfrica subsaariana.

O Al-Shebab que reivindicou o ataque contra o shopping de Nairóbi tem ligação com a Al Qaeda, assim como outros grupos radicais que atuam na África. REUTERS/Goran Tomasevic

Os principais grupos fundamentalistas islâmicos da região do Sahel são o "Aqmi", o "Ansar Dine", o "Mujao", o "Boko Haram" e o "MNLA".Aqmi é uma sigla para Al Qaeda do magreb islâmico. Ansar Dine são os defensores do islã. Mujao significa movimento pela unificação da jihad, a guerra santa, no oeste africano. Boko Haram quer dizer “a educação ocidental é um pecado”. E o MNLA, o grupo separatista mais antigo e organizado, significa movimento nacional pela libertação do território de Azawad, o norte do Mali.

O somali Al-Shebab significa os jovens ou a juventude em árabe.A relação entre ele e os grupos ativos no Sahel não é clara, mas eles compartilham vários pontos em comum. São ligados à rede Al Qaeda, defendem uma vertente fundamentalista do islã, o salafismo, tem o mesmo objetivo, a jihad, e estão na lista das organizações terroristas do departamento de estado norte-americano.

A ação dos extremistas do Al-Shebab contra o shopping de Nairóbi é uma represália à intervenção das forças da União Africana no sul da Somália. O ataque deixou ao menos 65 mortos e mais de 200 feridos.

Clique acima para ouvir o Linha Direta com o correspondente da RFI na Costa do Marfim, Rafael Araújo.