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Francesa morta em ataque no Quênia se inspirava em Gisele Bündchen

A queda recorde de popularidade do presidente François Hollande, a dificuldade do governo socialista em assumir sua política fiscal e a história da jovem francesa vítima do ataque do grupo Shebab em Nairóbi são as manchetes dos jornais franceses desta terça-feira.

Capa dos jornais franceses, Le Parisien, Libération, Les Echos e Le Figaro desta terça-feira.
Capa dos jornais franceses, Le Parisien, Libération, Les Echos e Le Figaro desta terça-feira.
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O Partido Socialista está em uma profunda depressão. Essa é a constatação que o Le Figaro chegou e escreve em sua manchete. São vários os sintomas listados pelo jornal conservador para descrever o estado de ânimo dos socialistas franceses: o presidente Hollande tem apenas 23% de aprovação, os franceses estão fartos de um aumento generalizado de impostos e agora, para completar, a vitória arrasadora de Angela Merkel nas urnas.
Em editorial, Le Figaro diz que o contraste entre os dois países é flagrante. Enquanto Merkel é eleita de maneira triunfal na Alemanha para mais quatro anos de governo, o francês Hollande vai mal nas sondagens, é criticado pelos próprios aliados e sua política econômica chegou a um impasse.

Na véspera de apresentar o orçamento de 2014, o governo francês sofre para assumir sua política fiscal. É o que diz o jornal Libération em sua manchete, que também traz uma pergunta: os franceses pagam tantos impostos assim?

Segundo o jornal, não. Apesar de o governo declarar que pretende fazer uma pausa tributária e diminuir a cobrança de impostos, o sistema francês é um dos mais justos se comparados com outros países ocidentais, afirma o Libération. Em editorial, o jornal escreve que bastou o ministro da Economia, Pierre Moscovici, sugerir que os franceses estavam "fartos" de tantos impostos para a expressão entrar na moda e dar muita munição para as críticas. Para o jornal, falta ao governo pedagogia, ou seja, explicar que o pagamento de impostos não é uma punição e sim uma maneira de financiar a educação, a saúde e até transportes públicos. Além de ser um poderoso instrumento de distribuição de renda e um dos grandes pilares da democracia.

Terrorismo

Cenas de guerra no coração de Nairóbi. Assim o jornal comunista L'Humanité descreve o ataque
do grupo extremista Al-Shebab a um shopping center de Nairóbi. A reportagem do jornal descreve em detalhes as explosões, tiroteio e as cenas de violência durante toda esta segunda-feira. Três dias depois de o grupo extremista somali estar no local com reféns, o Quênia continua em estado de choque. Segundo o L'Humanité, americanos também fazem parte do comando do grupo terrorista.

O Aujourd'hui en France traz em sua manchete a história das duas francesas mortas durante o ataque ao shopping center. E estampa na sua capa a foto da jovem Anne Dechaffour, de 27 anos, que tinha ido visitar sua mãe, Corinne, uma pintora cujas obras eram inspiradas no Quênia, uma segunda pátria para elas. Anne fazia teatro, mas estava investindo na carreira de modelo. Em recente entrevista a um site especializado em moda, a francesa revelou que seu sonho era se tornar uma top model como a brasileira Gisele Bündchen. Um desejo que o terrorismo matou, escreve o Aujourd'hui en France.

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