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Promessa do presidente Mursi de fazer Egito "renascer" fracassou

A crise política no Egito divide as manchetes dos jornais franceses com a repercussão da demissão da ministra da Ecologia da França. Delphine Batho criticou o corte do orçamento de sua pasta e foi obrigada a deixar a equipe do premiê Jean-Marc Ayrault.

Helicópteros do exército egípcio sobrevoam a praça Tahir, no Cairo em 1° de julho de 2013..
Helicópteros do exército egípcio sobrevoam a praça Tahir, no Cairo em 1° de julho de 2013.. REUTERS/Suhaib Salem
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O jornal La Croix explica porque o Egito entrou de novo em crise um ano após o presidente Mohamed Mursi ter assumido o comando do país. Segundo o jornal, os milhões de egípcios que vão às ruas pedir a renúncia de Mursi não deixam dúvidas de que sua promessa de "renascimento" para o país fracassou.

Do ponto de vista político, Mursi, vinculado ao grupo islâmico Irmandade Muçulmana, passou do diálogo ao autoritarismo. Além disso, seu governo não soube tomar as medidas necessárias para enfrentar a crise econômica. Em editorial, o jornal católico diz que para a Irmandade Muçulmana está sendo difícil constatar que o projeto que o movimento tinha para o Egito não une. Ao contrário, divide a população.

Crise no governo francês

A demissão da ministra da Ecologia pelo presidente François Hollande devido às críticas que fez nos cortes no orçamento de sua pasta abriu uma crise na base de apoio governo, afirma o Le Figaro. Apesar da saída da ministra Delphine Batho, o partido Verde decidiu manter seu apoio ao governo mas sob condições, escreve o jornal conservador.

Le Figaro diz ainda que até entre os socialistas, aumentam as críticas sobre os cortes nos orçamentos dos ministérios. Em editorial, o jornal questiona até quanto tempo vai durar essa política de austeridade de Hollande, sendo que dentro do seu próprio partido, o Socialista, aumenta a rejeição das medidas anunciadas para diminuir os gastos públicos.

Para o Libération, a ministra da Ecologia pagou o preço de um impulso de autoridade do presidente Hollande. O jornal lembra os últimos dias de uma ministra que sempre foi discreta mas que decidiu "soltar os cachorros" após tomar conhecimento da redução de 7% do orçamento do seu ministério, o maior corte entre os ministérios decidido pelo presidente Hollande.

Em editorial, Libération afirma que Delphine Batho é o exemplo que o presidente Hollande quer dar a outros ministros. Mas não é desta forma que el vai reestabelecer uma autoridade que lhe faz falta desde o início de seu governo, lamenta o jornal.

O Les Echos lembra em sua reportagem dedicada ao assunto que o presidente Hollande havia prometido não mais tolerar nenhuma outra confusão dentro de seu governo. Durante todo o dia o presidente e seu primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault esperaram que Delphine Batho se desculpasse por ter considerado ruim o orçamento para sua pasta.

Em seu encontro com o chefe de governo a ministra ainda o desafiou a demití-la, diz o jornal, o que acabou acontecendo. O substituto dela, o socialista Philippe Martin, tem boas realações com os ecologistas, garante o Les Echos.
 

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