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Reportagem

Brasileiros no exterior organizam eventos em apoio a protestos e contra violência policial

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Chocados com as imagens da violência policial durante os protestos da semana passada, brasileiros que vivem no exterior estão organizando atos para apoiar os manifestantes de São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília e explicar aos estrangeiros o que está acontecendo no país. Sem medo de destruir a imagem de potência econômica da vez que a mídia internacional veicula, eles se dizem preocupados em participar da construção de um país mais igualitário - mesmo de longe.

A Praça da Catalunha, em Barcelona, foi palco de uma manifestação de brasileiros nesta terça-feira, 18 de junho de 2013, em solidariedade aos manifestantes brasileiros.
A Praça da Catalunha, em Barcelona, foi palco de uma manifestação de brasileiros nesta terça-feira, 18 de junho de 2013, em solidariedade aos manifestantes brasileiros. João Paulo Lemos/Democracia Não Tem Fronteiras
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A RFI Brasil conversou com três jovens brasileiros que estão usando as redes sociais para organizar eventos nos países onde vivem e participar, mesmo que de longe, dos protestos no Brasil. Um dos principais objetivos deles é informar os estrangeiros sobre as reivindicações dos manifestantes.

Catarina Santos, de 25 anos, estudante de psicologia em Barcelona, organizou uma manifestação que reuniu ontem cerca de 600 pessoas na Praça Catalunha, um dos principais pontos turísticos da cidade. Segundo ela, os espanhóis, vítimas de uma profunda crise econômica, ficaram surpresos ao serem informados de que o Brasil tem muto mais problemas do que se costuma ver na mídia.

A paulista Fernanda Vilar, de 27 anos, vive há cinco anos em Paris, onde faz doutorado em literatura. Ela é uma das organizadoras de uma manifestação no próximo sábado na praça Saint-Michel, no centro da capital francesa. O evento já conta com mais de 6.300 participantes no Facebook.

Mais realista, Fernanda espera reunir uma centena de pessoas para apoiar o movimento passe livre e repudiar a violência policial. Ela é um exemplo do quanto a experiência de vida no exterior alimenta o engajamento desses jovens. "Estando fora vemos como os outros países avançaram nas questões sociais, e isso nos inspira a lutar por melhorias quando voltarmos ao Brasil", diz.

O carioca Pedro Aurélio Rocha, de 22 anos, estuda design em Turim, no norte da Itália, onde organiza uma manifestação no próximo sábado. Conversando na Internet com outros estudantes que, como ele, integram o programa Ciência Sem Fronteiras, Pedro Aurélio notou que todos queriam de alguma maneira participar do movimento social em curso no Brasil.

Ele criou então uma página no Facebook para divulgar as manifestações no exterior, mas que acabou virando um verdadeiro fórum de discussões. Desde sexta-feira, Democracia Não Tem Fronteiras já atraiu 15 mil participantes na rede social e listou manifestações que aconteceram ou vão acontecer em mais de 65 cidades ao redor do mundo.

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