Sob protestos, Casa da Barbie é inaugurada em Berlim
Um grande número de pessoas, entre elas, diversas integrantes do coletivo feminista Femen, manifestaram em Berlim nesta quinta-feira contra a abertura da primeira "casa da Barbie" na Europa, em tamanho real. Os participantes da passeata denunciam a imagem de mulher-objeto simbolizada pela boneca americana, desejada por meninas do mundo inteiro.
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A casa cor de rosa de 2.500 m², réplica perfeita da morada de plástico da boneca mais famosa do planeta, abriu suas portas ao público nesta quinta-feira, a poucos metros da não menos famosa Alexanderplatz, em Berlim. Fotógrafos e cameraman alemães e estrangeiros estavam presentes na inauguração, uma ocasião ideal para vários coletivos denunciarem o escândalo da iniciativa.
Grupos inflamados protestavam contra a imagem de perfeição veiculada pelo brinquedo, "uma imagem ideal que nenhuma menina pode atingir, uma inversão de valores que pode levar a frustrações, depressões e outros sentimentos negativos traumatizantes", explicou uma participante da manifestação. "Não queremos que as crianças construam sonhos impossíveis que, para serem atingidos no futuro, as levarão fatalmente à mesa de um cirurgião plástico", gritava uma mãe, revoltada.
Uma manifestante do coletivo feminista Femen, os seios nus com o slogan "Life in plastic is not fantastic" (A vida em plástico não é fantástica), referência às Barbie Girls, queimou um crucifixo com uma Barbie no lugar de Jesus no gigantesco sapato colocado em uma fonte em frente à casa.
Mais tarde, aconteceu uma outra manifestação do coletivo "Occupy Barbie Dreamhouse", referência ao movimento novaiorquino "Occupy Wall Street".
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