Projeto pode autorizar trabalho de médicos cubanos em regiões isoladas do Brasil
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O governo brasileiro estuda a contratação temporária de seis mil médicos cubanos para trabalhar em regiões pobres do norte e nordeste. A medida visa diminuir a falta de profissionais de saúde em áreas de difícil acesso. As negociações estão sendo conduzidas com a Organização Panamericana da Saúde, mas o projeto não agradou o Conselho Federal de Medicina. Em entrevista, o presidente em exercício do conselho, Carlos Vital, afirma que o acordo não prevê a revalidação do diploma destes médicos. Ele aponta que exames feitos recentemente mostram que a formação no exterior muitas vezes é insuficiente para os padrões exigidos no Brasil.
Cuba já havia firmado anteriormente outro acordo semelhante na área da saúde com a Venezuela, quando 30 mil médicos trabalharam em bairros pobres daquele país. Em troca, o governo venezuelano ofereceu petróleo a taxas preferenciais. A contrapartida brasileira no envio de médicos prevê o financiamento para a modernização de cinco pistas de pouso em Cuba.
O mais recente estudo demográfico feito pelo Conselho Federal de Medicina, mostra que a região sudeste tem mais que o dobro de médicos por habitantes em relação ao norte e nordeste. Ainda assim, a média nestas duas regiões está dentro dos padrões estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde.
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