Seca evidencia falta de diversificação energética no Brasil
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A seca prolongada que afetou a Europa e os Estados Unidos também atingiu o Brasil. Mas ao contrário dos países desenvolvidos, onde a energia nuclear atende às necessidades do consumo elétrico, o Brasil depende de rios cheios para produzir mega Watts - a sua matriz energética, mais limpa, é baseada em hidrelétricas. O problema é que agora o nível dos reservatórios é o mais baixo dos últimos dez anos. A situação é crítica nas regiões sudeste e centro-oeste, operando a apenas 28% da capacidade.
Para compensar, o governo está usando 56 das 65 usinas termoelétricas disponíveis, solução que aumenta o custo para os consumidores, além da poluição. A geração térmica hoje é mais que o dobro da que o Brasil tinha em 2001, quando houve o último "apagão". Mesmo assim, devido a regras ambientais mais rígidas, o país vai precisar rever a sua matriz energética no futuro, na análise de Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ.
Enquanto o governo assegura que mantém a situação sob controle, especialistas divergem sobre os reais riscos de racionamento de energia no país nos próximos meses. Outro especialista, o professor da USP José Goldemberg, membro da Academia Brasileira de Ciências, vê a situação com preocupação.
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