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Rio+20/Brasil

Dilma encontra François Hollande no primeiro dia da Rio +20

A presidenta Dilma Rousseff se reuniu nesta quarta-feira com o presidente francês François Hollande em um almoço que marcou o primeiro encontro bilateral entre os dois líderes. Nenhum assunto polêmico, como a venda dos 36 caças Rafale para a Força Aérea Brasileira (FAB), foi discutido, mas a reunião que foi realizada em um hotel da Barra da Tijuca, é vista como o início da aproximação dos dois governos.

A presidenta Dilma Rousseff e o presidente francês François Hollande se encontraram no primeiro dia da Conferência Rio+20 nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro.
A presidenta Dilma Rousseff e o presidente francês François Hollande se encontraram no primeiro dia da Conferência Rio+20 nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro. REUTERS/Ricardo Moraes
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As especulações pré-encontro apontavam que Hollande agilizaria as conversas sobre a venda das aeronaves Rafale, fabricadas pela empresa francesa Dassault. As negociações entre França e Brasil foram interrompidas no ano passado no início do processo eleitoral francês. Diplomatas e ministros brasileiros evitavam comentar sobre a questão dos caças, embora interlocutores de Hollande tenham confirmado que o presidente francês estivesse decidido em retomar este assunto.

Durante a tarde, Hollande concedeu uma coletiva de imprensa na qual se pronunciou sobre o texto de base da Rio+20 proposto pelo Brasil e aprovado na terça-feira em plenária. Para o líder francês, o acordo constitui uma etapa insuficience do desenvolvimento sustentável  e “dependerá dos dirigentes de todo o mundo em torná-la positiva”. Entre as falhas, Hollande destacou a falta de financiamentos em prol da economia verde. Ele também elogiou as discussões sobre o desenvolvimento sustentável que se aliam, pela primeira vez, ao plano social e ao combate à pobreza.

No mesmo sentido, Dilma pediu, em seu discurso de abertura da Rio+20, que os chefes de Estado não permitam que agendas locais em situação de fragilidade econômica comprometam as discussões da conferência. "É certo que os países em desenvolvimento passaram a responder por uma parcela cada mais significativa do desenvolvimento mundial, mas estamos conscientes e temos certeza de que a recuperação para ser estável, tem que ser global", declarou.

"Nossa conferência deve gerar compromissos firmes para o desenvolvimento sustentável, temos de ser ambiciosos", disse Dilma. "Não basta manter as conquistas do passado, temos de construir sobre esse legado." O crescimento da economia, a criação de empregos formais e a expansão da renda dos trabalhadores são as vantagens da economia verde enumeradas pela presidenta.

20 anos após a Eco 92

A Conferência Rio+20 visa definir objetivos de desenvolvimento sustentável já que as ações previstas no Protocolo de Kyoto terminam esse ano. O evento acontece 20 anos após a Eco 92 que impôs o meio ambiente à agenda política mundial.

No total, 191 delegados devem discursar durante os três dias de conferência, ainda que alguns dos principais líderes mundiais estejam ausentes, como o presidente norte-americano, Barack Obama, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron. Obama deve ser representado na sexta-feira pela secretária americana de Estado, Hillary Clinton.

 

 

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