Ausências de líderes na Rio+20 provocam medo de fracasso da conferência
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Faltam duas semanas para a cúpula de chefes de Estado e de Governo na conferência de Desenvolvimento Sustentável Rio+20 e ao menos três grandes líderes de potências mundiais não participarão do evento. A chanceler alemã Angela Merkel, o premiê britânico David Cameron e tudo indica que também o presidente americano Barack Obama não devem se deslocar ao Rio de Janeiro nos dias 20 a 22 de junho.
As cadeiras vazias, que incluem a do presidente do país mais poluidor do mundo, os Estados Unidos, fizeram o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, pedir mais mobilização em torno do meio ambiente: o chefão das Nações Unidas solicitou flexibilidade aos participantes das negociações ambientais e que essa preocupação esteja "acima dos interesses nacionais ou regionais".
O professor de Relações Internacionais da UNB Eduardo Viola, especialista em negociações climáticas, avalia que as ausências simbolizam a falta de engajamento das potências há muitos anos nestas questões e resumem um impasse em que as forças econômicas predominam sobre os interesses coletivos.
Viola destaca, entretanto, que a conferência é mais um passo importante para a tomada de consciência sobre o desenvolvimento sustentável, acima dos governos. Este também é o entendimento de organizações não governamentais, como explica a diretora de comunicação da WWF Brasil, Regina Cavinia. Também o Greenpeace lamenta as ausências de alguns líderes, mas acha que a sociedade civil tem muito a fazer, explica o diretor-executivo Marcelo Furtado.
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