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Suíça/OIT

Conferência mundial do trabalho vai enfocar desemprego dos jovens

Começou nesta quarta-feira, em Genebra, a 14a Conferência Internacional do Trabalho. Cerca de 5.000 representantes de governos, empregadores e trabalhadores estarão reunidos até 14 de junho para debater a grave questão do desemprego, que afeta principalmente os jovens do mundo inteiro. Na cerimônia de encerramento, a deputada da oposição de Mianmar, Aung Sang Suu Kyi fará seu primeiro discurso no exterior,  aos delegados dos 184 Estados membros da instituição. 

O diretor-geral da OIT, Juan Somavia, discursa na abertura da Conferência Mundial dedicada à questão do trabalho.
O diretor-geral da OIT, Juan Somavia, discursa na abertura da Conferência Mundial dedicada à questão do trabalho. Reuters
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O último relatório da OIT apontou que o desemprego entre os jovens atingiu neste ano o nível mais alto da crise econômica e não deverá descer antes de 2016. Hoje, no mundo, há 75 milhões de desempregados entre 15 e 24 anos: um aumento de 4 milhões de jovens desde 2007.

O diretor-geral da OIT, Juan Somavia, alertou os governos da zona do euro sobre os custos humanos das politicas de austeridade instauradas para reduzir a dívida pública. Somavia afirma que este objetivo não foi atingido e a austeridade criou uma dívida social que vai custar muito caro: estagnação econômica, perda de empregos e custos humanos gigantescos com a redução da proteção social.

Austeridade

As políticas de austeridade agravam as perspectivas de emprego no mundo e as projeções são sombrias: cerca de 202 milhões de pessoas estarão desempregadas neste ano -6 milhões a mais do que ano passado - segundo o recente relatório da OIT.

Para a organização, é improvável que a economia global cresça em um ritmo suficiente para preencher o déficit atual de desempregos e oferecer trabalho às 80 milhões de pessoas que deverão chegar ao mercado, no mesmo período.

As tendências são especialmente preocupantes na Europa, onde a taxa de desemprego aumentou em 2/3 dos países, desde 2010. Mas o problema atravessa as fronteiras e também atinge outras economias potentes como Estados Unidos e Japão.

As dificuldades de acesso ao crédito, especialmente para as pequenas e médias empresas das economias mais ricas, assim como os planos de austeridade, são a origem da degradação da situação do emprego.

A OIT defende uma verdadeira política de emprego, que seria mantida por um novo instrumento financeiro em nível europeu.

 

 

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