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Economia/Europa

Desemprego beira 11% e atinge pico histórico na zona do euro

O desemprego na zona do euro subiu para 10,9% em março. A Espanha e a Grécia foram as principais responsáveis pela alta do indicador. Os dados oficiais divulgados nesta quarta-feira pela Eurostat revelam que 17,36 milhões de pessoas estão desempregadas na zona do euro em março. Ou seja, um acréscimo de 169 mil trabalhadores ante o mês anterior.

Espanhóis desempregados esperam a abertura de uma agência de trabalho em Madri.
Espanhóis desempregados esperam a abertura de uma agência de trabalho em Madri. REUTERS/Andrea Comas
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Esse é o patamar mais elevado desde a criação da moeda única europeia em 1999. Pelo décimo-primeiro mês consecutivo, a taxa de desemprego subiu nos países qua adotam o euro. Os economistas estão pessimistas sobre o futuro econômico da região e argumentam que o número de desempregados tende a crescer nos próximos meses.

As taxas mais baixas foram registradas na Áustria (4%), na Holanda (5%), em Luxemburgo (5,2%) e na Alemanha (5,6%). Mas nos países mais atingidos pela crise e mais afetados pelas sucessivas medidas de austeridade, a taxa de desemprego atinge altas recordes. Na Espanha, 24,1% da população economicamente ativa não trabalha e, na Grécia, essa taxa é de 21,7%.

Essa Europa em "duas velocidades" é constatada pelo economista Martin Van Vliet. "As taxas de desemprego excepcionalmente altas no sul da Europa são causadas, em parte, por fatores estruturais, mas elas também refletem os sacrifícios de curto prazo exigidos pelos planos de austeridade”, avaliou. Para o economista do banco ING, a taxa de desemprego pode atingir 11,5% nos próximos meses. A crise na economia é ainda mais grave para os jovens que tentam entrar no mercado de trabalho. Na Grécia e na Espanha, metade deles estão desempregados.

Jornalistas

Preocupados com o problema do desemprego entre os jornalistas, o sindicatos da categoria na Espanha lançam um alerta: "Sem jornalismo, não há democracia". Desde o começo da crise, mais de 6 mil jornalistas no país perderam o emprego, 57 veículos de imprensa foram fechados e 23 planos de demissão em massa foram lançados. A crise não poupou nem mesmo os jornais mais importantes como El Mundo e El Pais, que anunciaram recentemente cortes drásticos de pessoal.
 

 

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