Desemprego na Espanha atinge 24,44% da população
Uma sexta-feira difícil para os espanhóis. A taxa oficial de desemprego anunciada hoje atingiu o patamar de 24,44%. Este é o nível mais elevado desde 1996, quando o índice começou a ser divulgado. Praticamente um quarto dos espanhóis está fora do mercado de trabalho. A porta-voz do governo, Soraya Saenz de Santamaria, declarou que a economia espanhola atravessa um dos momentos mais difíceis da crise.
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A agência de notação de risco Standard and Poor's rebaixou nesta sexta-feira a nota soberana da Espanha de A para BBB+. Mesmo com a queda, o país ainda continua a figurar na categoria de grau de investimento. Mas a agência colocou a nota com viés negativo, o que significa que pode haver um novo rebaixamento. A Espanha, que é a quarta economia da zona do euro, voltou a entrar em recessão no primeiro trimestre deste ano. Em reação, a Bolsa de Valores de Madri abriu hoje em baixa de 2,5%.
Repercussão na zona do euro
O rebaixamento da nota espanhola causou tensão em toda a zona do euro e fez aumentar o valor dos juros pagos pelos países para refinanciar suas dívidas. A maior afetada foi a Itália, que colocou cerca de 6 bilhões de euros de títulos soberanos nos mercados e teve de lidar com um aumento dos reembolsos. Na metade do dia de hoje, os títulos italianos para pagamento em dez anos eram vendidos com juros de 5,710% contra 5,628% na quinta-feira. Os da Espanha aumentaram para 5,908% (contra 5,811%) e os da França, para 2,993% (contra 2,970%). A única queda aconteceu nos títulos da dívida alemã: 1,671% hoje face a 1,682% na quinta-feira. O país da premiê Angela Merkel continua sendo um porto-seguro na Europa.
Desemprego na França atinge nível de 1989
Na França, a taxa de desemprego também continua a subir e já atinge quase 10% da população ativa. O número de desempregados aumentou para 2,884 milhões de pessoas no final de março, segundo dados do Ministério do Trabalho. Em um mês, a taxa de desemprego progrediu +0,6%.
A péssima notícia foi divulgada ontem pelo órgão oficial no governo e os prognósticos não são nada animadores. Em praticamente todos os segmentos, seja entre executivos seja entre trabalhadores da construção civil, a tendência nas contratações é de baixa nos próximos meses.
A criação de empregos será um dos maiores desafios a serem enfrentados pelo próximo presidente da França.
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