Prisioneiros palestinos endurecem greve de fome contra abusos em Israel
Uma onda de greves de fome entre os 4.700 presos palestinos em Israel está preocupando grupos de direitos humanos e a ONU.
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Cerca de um terço dos detentos, 1.550 palestinos, se recusa a comer desde 17 de abril, no maior ato coletivo de protesto jamais registrado nas cadeias de Israel.
Dois dos grevistas não ingerem alimentos há 65 dias e a ONG Médicos pelos Direitos Humanos teme por suas vidas.
Os presos reclamam, entre outros pontos, das más condições nas cadeias, da limitação da visitação de parentes e advogados e da utilização de celas solitárias para punições.
Mas a maior reclamação são os abusos nas prisões administrativas. Pelo menos 300 palestinos se encontram detidos sem mandados da Justiça.
Hoje, a Suprema Corte de Israel vai discutir o caso de alguns deles, mas há dez dias a corte rejeitou o pedido de libertação de dois detentos, alegando que as prisões administrativas são necessárias para combater o terrorismo.
O relator especial das Nações Unidas para os direitos humanos nos territórios palestinos, Richard Falk, se disse chocado com o que chamou de “violações contínuas dos direitos humanos” nas cadeias de Israel.
O relator lembrou que cerca de 750 mil palestinos, ou 20% da população total da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e de Jerusalém Oriental, já foram detidos por Israel em algum momento.
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