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Planeta Verde

Hollande foi o candidato que mais poluiu durante a campanha

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Como se não bastasse os candidatos à presidência da França praticamente terem ignorado as questões de meio ambiente nestas eleições, eles ainda poluíram bastante o planeta, com milhares de quilômetros percorridos ao longo de meses de campanha e toneladas de papel para propaganda. Uma consultoria em questões de meio ambiente, a B&L Evolution, realizou um estudo para avaliar o quanto cada concorrente ao Palácio do Eliseu produziu de gases de efeito estufa e o resultado mostra que o socialista François Hollande foi o campeão.

Candidato socialista emitiu o equivalente a 303 voltas ao mundo de carro em gases de efeito estufa.
Candidato socialista emitiu o equivalente a 303 voltas ao mundo de carro em gases de efeito estufa. www.bl-evolution.com
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O socialista foi o que mais distribuiu material gráfico e mais viajou pela França para promover a sua candidatura. No total, de 20 de março a 15 de abril, durante a campanha para o primeiro turno, Hollande emitiu nada menos do que 3,1t de gás carbônico, o equivalente a 303 voltas ao mundo de carro, contra 268 voltas para o atual presidente, Nicolas Sarkozy, e 206 para o candidato da extrema esquerda, Jean-Luc Mélenchon.

Na França, os candidatos enviam o seu progama eleitoral para cada eleitor e, a cada comício, dezenas de caravanas de todo país se deslocam para reforçar a participação dos encontros. Charles Adrien Louis, diretor do estudo, garante que é possível vencer uma eleição sem tanta poluição.

"Eles podem imprimir os programas em menos páginas, e também podem determinar melhor o eleitorado que visam. Para muitos eleitores, não precisa mais imprimir o programa em papel: eles preferem acessar tudo diretamente na internet", afirma. "E sobre os comícios, um candidato que quer ser realmente ecoresponsável, pode propor soluções de transporte para os seus militantes, porque é o transporte que mais polui. Eles poderiam incentivar o transporte público e caronas entre militantes."

Um dos objetivos do estudo foi conscientizar os políticos sobre a necessidade de adoção de um teto de poluição durante a campanha, a exemplo do que acontece com o orçamento ou o tempo de de exposição na mídia, rigorosamente controlados pelas autoridades.

Já no Brasil, a questão das emissões de gases poluentes nas campanhas ainda parece longe de ser uma preocupação.  "O foco ainda é acabar com a poluição visual e sonora", diz Nabil Bonduki, professor de planejamento urbano da USP.
 

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