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Mali/Golpe

Junta militar assume governo do Mali

Depois de depor presidente Amadou Touré, grupo suspende a Constituição e declara toque de recolher.

O presidente do Mali, Amadou Toumani Touré.
O presidente do Mali, Amadou Toumani Touré. REUTERS/Toussaint Kluiters/United Photos/Files
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Na madrugada de quarta para quinta-feira, uma junta militar deu um golpe de estado no Mali. O tenente Amadou Konaré, porta-voz do grupo, anunciou na TV pública local que a ação foi consequência da incompetência do presidente Amadou Toumani Touré em gerir a crise no norte do país, onde, desde janeiro, acontece uma série de revoltas islâmicas, comandada pelo grupo independentista tuaregue MNLA - Movimento Nacional de Libertação de Azawad.

No comunicado, veiculado às quatro da manhã no horário local, os golpistas se identificaram como Comitê Nacional pela Recuperação da Democracia e Restauração do Estado e anunciaram a suspensão da Constituição e de todas as instituições democráticas locais, além da entrada em vigor, já nesta quinta, de um toque de recolher. Também foram canceladas as eleições presidenciais, previstas para o próximo dia 29 de abril.

Depois de intenso tiroteio, o grupo invadiu o Palácio do Governo na capital Bamaco, prendeu o ministro das relações exteriores, Soumeylou Boubèyr Maiga e o da administração territorial, Kafougouna Koné. O presidente Touré, que esteve escondido no local durante toda a ação, não está mais no palácio, de acordo com um dos amotinados, que não soube especificar para onde o chefe de estado teria sido levado.

A região norte do país, cuja independência é reinvindicada pelo MNLA, é o principal reduto da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico.

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