Carlos, o Chacal, é condenado à prisão perpétua
O venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como Carlos, o Chacal, foi condenado nesta quinta-feira à noite à prisão perpétua pelo Tribunal Especial do Júri de Paris. Ele foi julgado culpado de quatro atentados cometidos na França em 1982 e 1983. Os ataques deixaram 11 mortos e 150 feridos.
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A pena prevista para Chacal é de 18 anos, sem direito a uma revisão do tempo de detenção. Com 62 anos, Chacal está preso desde 1994, quando foi detido no Sudão por agentes franceses.
O júri também condenou à prisão perpétua dois de seus cúmplices nos atentados: o alemão Johannes Weinrich, que cumpre pena em seu país por outros crimes, e o palestino Ali Kamal Al Issawi, que se encontra foragido.
A defesa vai recorrer e alegou que Carlos é vítima de um "processo político". De acordo com seus advogados, os arquivos dos serviços secretos dos antigos países comunistas da Europa do leste não são confiáveis, porque protegiam e ao mesmo tempo vigiavam Carlos e seus amigos.
Figura simbólica da luta pró-palestina, Carlos Chacal assumiu depois da condenação "a responsabilidade política e militar de todos os atentados cometidos pela Organização de Revolucionários Internacionalistas", criada por ele mesmo, e da "Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).
Com a colaboração de Carla Tomazini.
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