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Julgamento/França

Acusação pede prisão perpétua na França para Carlos, o Chacal

Promotores encarregados do processo contra o venezuelano Carlos, o Chacal (62 anos), em um tribunal especial, em Paris, solicitaram nesta terça-feira a sua condenação por prisão perpétua. Ele é acusado de ter participado da organização de quatro atentados na França, em 1982 e 83, que deixaram 11 mortos e mais de 150 feridos.

Foto de Carlos en los años70. El 15 de diciembre del 2011 fue condenado a perpetuidad  por la Corte penal especial de Paris
Foto de Carlos en los años70. El 15 de diciembre del 2011 fue condenado a perpetuidad por la Corte penal especial de Paris rfi.fr
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O veredito do julgamento, que começou há cinco semanas, deve ser anunciado nesta quinta ou sexta-feira por sete magistrados profissionais. A acusação pediu a prisão perpétua, com permanência obrigatória de 18 anos, para Carlos, o Chacal, cujo nome verdadeiro é Ilich Ramirez Sanchez.

Segundo a acusação, o objetivo dos atentados terroristas do qual ele teria sido cúmplice tinham como objetivo liberar dois membros do seu grupo. A alemã Magdalena Kopp e o suíço Bruno Breguet tinham sido detidos em Paris, em fevereiro de 1982, portando armas e explosivos.

Os promotores destacaram a "extrema periculosidade atual, absoluta e constante" do réu, para advertir contra uma possível remissão da pena.

"Ele disse a vocês pessoalmente que ele não mudou. Eu pude constatar a vontade de Ilich Ramirez de rejeitar qualquer pessoa que se metesse em seu caminho, e é por todos os meios possíveis", disse um dos promotores diante dos juízes.

Figura mítica do ativismo armado de extrema-esquerda nos anos 70 e 80, Carlos já havia sido condenado à prisão perpétua em 1997, pelo assassinato de dois policiais franceses e de um informante em 1975, em Paris.

Nesta terça-feira, a promotoria de Paris também pediu a prisão perpétua para outros dois acusados no caso: o alemão Johannes Weinrich, antigo braço-direito de Carlos, preso na Alemanha por outros crimes, e o palestino Ali Kamal Al Issawi, que está foragido. A alemã Christa Fröhlich, também foragida, foi alvo de um pedido de 15 anos de prisão por sua participação em um dos atentados.

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