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França/Escândalo

Ex-ministro da cultura próximo de Sarkozy é preso pelo caso Karachi

O ex-ministro francês da Cultura Renaud Donnedieu de Vabres do partido UMP, do presidente francês, Nicolas Sarkozy, vai ser ouvido hoje pela polícia que investiga um caso de corrupção conhecido como Karachi, envolvendo a venda de material bélico ao Paquistão.

O ex-premiê francês Edouard Balladur cuja campanha presidencial de 1995 é alvo de suspeita.
O ex-premiê francês Edouard Balladur cuja campanha presidencial de 1995 é alvo de suspeita. Reuters/Jacky Naegelen
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O envolvimento do ex-ministro em um dos maiores escândalos político-financeiros da França há apenas cinco meses da eleição presidencial deve ser um golpe duro na campanha para a reeleiçao de Sarkozy que, na época dos fatos, era ministro do Orçamento. Essa é a primeira vez que um ex-parlamentar e membro influente do partido UMP do presidente Nicolas Sarkozy é envolvido no caso Karachi. O ex-ministro da Cultura durante a presidência de Jacques Chirac foi detido ontem para interrogatório por 48 horas.

O departamento da polícia responsável por crimes financeiros informou que efetuou uma operação de busca e apreensão na residência de Renaud Donnedieu de Varbres antes de pronunciar a ordem de prisão preventiva.

Ele é acusado de ter participado de um esquema de corrupção na venda de fragatas e submarinos franceses para o Paquistão nos anos 90. Na ocasião, ele ocupava o posto de conselheiro especial do Ministério da Defesa. Segundo as investigações, na ocasião, o governo do premiê Edouard Balladur teria vendido ao Paquistão equipamento militar oferecendo um vultoso suborno a membros das forças armadas paquistanesas para garantir o contrato. A suspensão do pagamento dessa propina seria a origem de um atentado de um ônibus na cidade paquistanesa de Karachi que matou 14 pessoas, 11 delas franceses que trabalhavam na construção dos submarinos. O governo francês culpou a Al Qaeda pelo atentado.

A polícia francesa também investiga se parte das comissões pagas retornou à França em forma de depósitos bancários que teriam alimentado o "caixa dois" da campanha presidencial de Edouard Balladur.
Varbres nega qualquer participação no contrato com o Paquistão eiz que não vê nenuma relação entre essa operação e a campanha de Balladur. Mas a investigação descobriu um depósito misterioso de três milhões de euros nas contas da campanha.

 

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