União Europeia pede que Eslováquia aprove fundo de ajuda à zona do euro

A União Europeia pediu, nessa quarta-feira, que a Eslováquia aprove rapidamente a ampliação do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FESF). Ultimo país da zona do euro a votar a ampliação do Fundo, o parlamento do país rejeitou ontem a proposta criando um impasse que agrava a crise na Europa.

O Parlamento da Eslováquia votou contra o reforço do FESF. Reuters/Petr Josek

O governo eslovaco renunciou após o não dos deputados e negocia um acordo político com a oposição para realizar uma nova votação na quinta-feira ou no mais tardar na semana que vem.

“As autoridades eslovacas e o Parlamento estão conscientes do caráter crucial do reforço do FESF para preservar a estabilidade financeira da zona do euro”, declararam o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, e o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, em um comunicado conjunto. Eles argumentam que essa decisão é do interesse de todos os países que adotaram o euro, inclusive a do povo da Eslováquia.

A chanceler alemã Angela Merkel, líder da maior economia do continente, lembrou hoje que todos os europeus devem participar do combate à crise. Se o bloqueio continuar, a zona do euro ainda terá condições de sobreviver, mas o Fundo criado para ajudar os países em dificuldades terá menor margem de manobra. O FESF ficará com a dotação atual, de 250 bilhões de euros, em vez de 440 bilhões como planejavam as autoridades monetárias.

Nesse cenário, cresce o risco de contágio da crise das dívidas soberanas a outros países frágeis, além da Grécia, como Espanha, Itália e Portugal. O Fundo Europeu ampliado iria participar da recapitalização dos bancos, que tentam se desvencilhar dos títulos soberanos de retorno duvidoso, uma etapa crucial para a zona do euro reconquistar a confiança dos mercados.