Jornalista francesa pode testemunhar contra Strauss-Kahn nos EUA

A jornalista francesa Tristane Banon, que acusa Dominique Strauss-Kahn de tentativa de estupro, pode ser convocada pela justiça norte-americana para testemunhar no processo contra o ex-chefe do Fundo Monetário Internacional em Nova York. O promotor responsável pela defesa da camareira Nafissatou Diallo quer aproximar os dois casos em sua acusação.

A jornalista francesa Tristane Banon pode testemunhar contra Strauss-Kahn em Nova York. Reuters

O jornal francês Le Figaro informa em sua edição desta quinta-feira que o promotor de Nova York, Cyrus Vance Jr, quer convocar a jornalista e escritora francesa Tristane Banon para testemunhar no processo em que Dominique Strauss-Kahn é acusado de crimes sexuais pela camareira africana Nafissatou Diallo. A francesa também prestou queixa contra o ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) por tentativa de estupro e, segundo seu advogado na França, o promotor americano tem interesse em aproximar os dois casos.

Se uma cooperação judicial fosse firmada entre os dois países, o destino do caso Strauss-Kahn nos Estados Unidos poderia se prolongar por várias semanas. Mas de acordo com juristas consultados pelo Figaro, o juiz do tribunal de Nova York deve recusar o pedido do promotor, uma vez que o direito americano exige que existam semelhanças flagrantes entre as duas denúncias e as circunstâncias das acusações são diferentes.

Nafissatou Diallo acusa Strauss-Kahn de estupro, enquanto a jornalista e escritora diz que o francês tentou estuprá-la em 2003, quando ela entrevistava o ex-chefe do FMI para a realização de um de seus livros. Tristane Banon pode ser convocada como testemunha no processo em Nova York.