Acessar o conteúdo principal
Japão/Acidente Nuclear

Região de Fukushima pode ficar inabitável por 20 anos

A região no entorno da usina nuclear de Fukushima, no Japão, pode ficar inabitável por um período de 10 a 20 anos, declarou nesta quarta-feira Kenichi Matsumoto, assessor de gabinete do premiê japonês, Naoto Kan. Matsumoto foi repreendido pela declaração, mas confirmou ter essa avaliação após participar de uma reunião na casa do premiê.

Radiação em Fukushima pode ultrapassar a de Chernobyl .
Radiação em Fukushima pode ultrapassar a de Chernobyl . Reuters
Publicidade

O acidente nuclear no Japão, classificado esta semana com tão grave quanto o de Chernobyl, na Ucrânia, levou o governo a decretar uma zona de evacuação da população num raio de 20 km ao redor da usina. Na segunda-feira, as autoridades japonesas disseram que poderão ampliar essa zona de exclusão nos próximos dias. O governo japonês tem sido criticado por omitir informações sobre a gravidade do acidente nuclear.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) discute atualmente com as autoridades de Tóquio a criação de um sistema de vigilância sanitária para os próximos 20 anos, a fim de avaliar as consequências do acidente nuclear de Fukushima na saúde dos japoneses. A diretora do Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira, reconheceu em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira, em Genebra, que ainda é "um pouco cedo para instalar esse sistema, uma vez que o nível de radioatividade segue agudo" e as autoridades empregam toda sua energia para controlar o acidente.

China estuda suspender autorizações de novos reatores

Li Xiaoxue, diretor de novos projetos e desenvolvimento da estatal China Guangdong Nuclear Power, disse nesta quarta-feira que é provável que o governo chinês suspenda a concessão de autorizações para a construção de reatores nucleares de segunda geração em larga escala, pelo menos até que a tecnologia dos reatores de terceira geração esteja bem avançada.

Assim como a maior parte dos países engajados na produção de energia nuclear, a China está revendo seus projetos de longo prazo após a catástrofe nuclear de Fukushima. Mesmo antes da crise japonesa, as autorizações para "melhorar o desempenho" de dezenas de reatores de segunda geração instalados na costa leste do país deixavam preocupadas as autoridades nucleares.

Atualmente, a China constroi seis geradores de terceira geração, dos quais quatro são fabricados pela Westinghouse, filial do grupo Toshiba, e dois usam a tecnologia francesa desenvolvida pelo grupo Areva. 

A longo prazo, a China quer construir seus próprios reatores de terceira geração. Isso ficou mais fácil depois que o país concluiu, em 2007, um acordo de transferência de tecnologia com a Westinghouse.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.