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Costa do Marfim

À beira da guerra civil, Costa do Marfim tem manifestações contra governo de Gbagbo

Partidários do presidente eleito reconhecido pela comunidade internacional Alassane Outtara plenejam nesta sexta-feira novas tentativas de tomar instituições controladas por Laurent Gbagbo que se recusa a deixar o poder. Os manifestantes pretendem se dirigir à sede da televisão do Estado e à sede do governo de Gbagbo. A população e ONGs presentes no país temem um novo banho de sangue. 

Partidários de Alassane Ouattara face ao exército que atirou à queima-roupa nos manifestantes em Abidjan, 16 de dezembro 2010.
Partidários de Alassane Ouattara face ao exército que atirou à queima-roupa nos manifestantes em Abidjan, 16 de dezembro 2010. AFP PHOTO / ISSOUF SANOGO
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A violência se intensifica na Costa do Marfim e mesmo o secretário-geral das Naçoões Unidas, Ban Ki-moon afirma que o país está à beira de uma nova guerra civil. Pelo menos 20 pessoas morreram nesta quinta-feira na Costa do Marfim no conflito que opõe os partidários de Alassane Ouattara e Laurent Gbagbo. Os dois líderes reivindicam a presidência do país. Mas, segundo partidários de Ouattara, o número de mortos ontem pode chegar a 30 pessoas. O Exército atirou à queima-roupa os manifestantes pró-Ouattara.

Cerca de 800 capacetes azuis da ONU protegem Hôtel du Golf, sede do governo de Alassane Ouattara. Apesar dos violentos confrontos de ontem, o partidários de Alassane Ouattara, presidente eleito na Costa do Marfim, mantém a pressão. O primeiro-ministro de Alassane Ouattara, Guillaume Soro,  pediu que a população continue mobilizada contra Gbagbo. Ele pediu que os marfinenses “não se distraiam com a ditadura dos tanques de guerra e continuem a lutar pela liberdade de informação da imprensa”.

Ontem, milhares de pessoas tentaram entrar na sede da RTI, instalada em um bairro chique da capital Abidjan, mas foram impedidas pelas forças de segurança leais a Laurent Gagbo. O segundo turno das presidenciais na Costa do Marfim, realizadas no dia 28 de novembro, deram a vitória a Alassene Ouattara, mas Gagbo se recusa a reconhecer os resultados das urnas e deixar a presidência.

Embora a comundiade internacional somente reconheça a vitoria do candidato da oposição, Ouattara, a Costa do Marfim possui, agora, dois governos. Ontem, verdadeiras cenas de guerra foram registradas entre partidários dos dois líderes políticos.

Nesta sexta-feira, Jean Ping, presidente da comissão da União Africana e representantes da Cedeao (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental) chegam à capital Abdijan para tentar uma mediação entre os dois campos.
 

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