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O Mundo Agora

Que a falta de democracia na Costa do Marfim sirva de lição

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“A primeira vista, para os inocentes leigos, o que aconteceu na Costa do Marfim não tem nada de mais. As eleições presidenciais tiveram uma forte participação de votantes e foram consideradas limpas pela missão de observadores da ONU. O candidato da oposição foi proclamado vencedor, fora do tempo legal, por uma Comissão Eleitoral dividida e a Corte Suprema do país invalidou o voto em várias províncias dando a vitória ao candidato à reeleição, o presidente Laurent Gbagbo. Tudo na santa paz da legalidade democrática. Mas é claro que nem a União Africana, nem a ONU, nem a União Européia, nem a própria organização regional da África do Oeste, a CEDEAO, são leigos inocentes. Não é nada comum ver uma tal unanimidade dos chefes de Estado africanos condenando duramente as tramóias eleitorais de um “colega”. E em matéria de ditadura, repressão e manipulação descarada de eleições alguns deles são verdadeiros profissionais. Ouça a crônica de política internacional de Alfredo Valladão.

ONU declara irrefutável a vitória da oposição. Choi YJ, chefe de missão da ONU na Costa do Marfim em reunião com Alassane Ouattara em Abidjan.
ONU declara irrefutável a vitória da oposição. Choi YJ, chefe de missão da ONU na Costa do Marfim em reunião com Alassane Ouattara em Abidjan. Reuters
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