Lideranças da França e internacionais lembram Chirac

“É uma parte da minha vida que desaparece hoje”, declarou o ex-presidente Nicolas Sarkozy, a respeito da morte de Jacques Chirac, nesta quinta-feira (26). O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que fará um pronunciamento nacional a respeito às 20h, de Paris (15h de Brasília).

Jacques Chirac com Nicolas Sarkozy no Jardim do Luxemburgo, em Paris, França. 10/05/2007. REUTERS/Philippe Wojazer/File Photo

Para Nicolas Sarkozy, que foi o ministro da Economia de Chirac, e com quem tinha relações tumultuadas, ele “encarnava uma França fiel a seus valores universais e a seu papel histórico”.

A prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo, afirmou que Paris está de luto pela morte de Jacques Chirac, nesta quinta-feira (26).

Aujourd’hui Paris est en deuil. Je suis profondément émue et attristée d’apprendre que le Président Chirac nous a quittés. Homme d’Etat hors norme, immense figure humaniste, il a marqué l’histoire de notre pays. pic.twitter.com/SnZmQSDFMn

  Anne Hidalgo (@Anne_Hidalgo) 26 septembre 2019

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que tinha em Jacques Chirac um formidável parceiro e amigo. O presidente russo Vladimir Putin cumprimentou um líder "sábio e visionário". Já o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse que a Europa perde um grande estadista. “E eu, perco um amigo fiel”, acrescentou.

Respeito de rivais

Lionel Jospin, ex-primeiro-ministro socialista de 1997 a 2002, disse ter tido “o privilégio de governar a França sob a presidência de Jacques Chirac”, durante o “complexo período” da coabitação. Mas Jospin enfatizou que, na política externa, ambos trabalharam juntos para garantir que a França tivesse uma só voz e fosse respeitada no cenário internacional.

Marine Le Pen, líder da extrema direita francesa, declarou que, apesar de Jacques Chirac ter sido um oponente político da Frente Nacional durante décadas, ele sempre será lembrado “por ter sido capaz de se opor à loucura da guerra no Iraque”.

Já o pai de Marine, Jean-Marie Le Pen, derrotado por Chirac no segundo turno das eleições presidenciais de 2002, declarou que “morto, até o inimigo tem direito ao respeito”.