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França/Coletes amarelos

Queda de mobilização se confirma nos protestos dos coletes amarelos na França

Após seis meses de mobilização, os protestos dos coletes amarelos perdem força. Neste sábado (1), apenas 1.500 pessoas, segundo a polícia, participaram da 29ª manifestação consecutiva nas ruas de Paris. Em toda a França a mobilização também está em queda, com apenas 9.500 manifestantes.

Um dos líderes dos coletes amarelos, Eric Drouet (no centro), na manifestação deste sábado, 1° de junho de 2019.
Um dos líderes dos coletes amarelos, Eric Drouet (no centro), na manifestação deste sábado, 1° de junho de 2019. FRANCOIS GUILLOT / AFP
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Os líderes dos coletes amarelos contestam os cálculos da polícia e dizem que o protesto parisiense deste sábado reuniu 9.500 manifestantes. De qualquer maneira, essa é a menor participação desde o início do movimento social contra o governo do presidente Emmanuel Macron, iniciado em 17 novembro de 2018.

A manifestação aconteceu sem incidentes ou cenas de violência. Apesar de menos numerosos, as palavras de ordem continuam intactas: “Justiça social, justiça fiscal”; “anticapitalismo”; “Macron demissão”; “Por um mundo melhor”.

Sandrine, uma manifestante de 53 anos, garante que o movimento não morreu. “Não vamos abandonar. A mídia diz que acabou, mas é falso”, afirma Sandrine que participou de todos os protestos.

Desânimo

Já Josiane, de Toulouse, começa a desanimar. “É a primeira vez que vejo tão poucas pessoas no protesto. O governo, o poder são muito fortes. No final das contas, não ganhamos nada e ainda por cima fomos insultados e alvo de violência policial”, lamenta a aposentada.

As manifestações dos coletes amarelos já mobilizaram até 280 mil pessoas em todo o país, mas há três semanas a queda é contínua. Eles eram 15.500 a desfilar em 18 de maio e 12.500 no dia 25.

Policiais serão julgados

A repressão policial contra os manifestantes é denunciada desde o início do movimento. Nessa semana, o procurador de Paris garantiu que os policiais responsáveis por violências serão julgados. A declaração provocou indignação dos sindicatos de polícia.

O procurado disse que existem 17 policiais sendo investigados. Um dos líderes dos coletes amarelos, Jérôme Rodrigues, denuncia que esse número é muito inferior à realidade. O militante, que perdeu um olho em um protesto, aproveitou a polêmica para pedir a todos os manifestantes feridos para dar queixa.

Desde 17 de novembro, 2.448 coletes amarelos e 1.797 policiais ficaram feridos durante as manifestações, segundo dados oficiais do Ministério do Interior.

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