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“Viemos buscar Macron”: “Coletes amarelos” protestam em cidade natal do presidente francês

Os mais resistentes “coletes amarelos” continuam a manifestar neste sábado (25) em diversas localidades da França, sobretudo em Amiens, cidade natal do presidente francês Emmanuel Macron, e Toulouse. Essa é a 28ª mobilização social contra a política fiscal do chefe de Estado, às vésperas das eleições europeias no país.

Manifestante com cartaz "Todos mentirosos" durante protesto na cidade de Amiens
Manifestante com cartaz "Todos mentirosos" durante protesto na cidade de Amiens FRANCOIS NASCIMBENI / AFP
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Os “coletes amarelos”, que protestam há seis meses, eram cerca de 12.500 em toda a França e 2.100 em Paris, segundo dados do ministério do Interior. De maneira geral – e em comparação com os episódios anteriores – as passeatas aconteceram sem conflitos.

Em Amiens, os manifestantes se mostraram determinados a “buscar Macron em sua casa, tomando conta de sua cidade”. Cerca de 1.200 “coletes amarelos” desfilaram dizendo que, como não podiam “invadir o palácio [do Eliseu, sede do governo francês, em Paris]”, iriam dominar o “lar” do chefe de Estado.

Em Toulouse, por volta de 2.000 manifestantes invadiram as ruas do centro da cidade, entoando canções “anti-Macron”. “Temos um presidente surdo e somos conscientes de que nossas manifestações não vão mudar nada de imediato”, disse Philippe da Costa, um técnico que participou dos protestos com sua esposa, como fez em quase todos os sábados desde o início do movimento, em 17 de novembro de 2018.

“A Europa não me interessa”

Em Paris, boa parte dos manifestantes deixaram em casa os simbólicos coletes amarelos, marca dos protestos, respeitando aos pedidos de diversos líderes do movimento, incluindo Eric Drouet. Após fugirem da polícia em diversos momentos, eles terminaram a passeata na praça da República onde, no fim da tarde, cerca de trinta pessoas arremessaram objetos contra as forças de ordem, que retrucaram com gás lacrimogêneo.

“Não tenho a intenção de parar de protestar. Estou defendendo meu pão e o de minhas crianças. Não aguentamos mais”, disse Camille, enfermeira da região de Seine-et-Marne, que revelou hesitar quanto a sua participação nas eleições europeias. “A Europa não me interessa. O que isso vai mudar?”. “Esse governo nos despreza. Precisamos dizer ‘chega’”, afirmou, por sua vez, Rémy, de 46 anos.

A pequena cidade de Montpellier mobilizou 950 pessoas; Estrasburgo, cerca de 850 e Nantes por volta de 500. Lille reuniu aproximadamente cem “coletes amarelos”.

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