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“Basta atravessar a rua para achar um trabalho”, diz Macron a jovem desempregado

O presidente francês Emmanuel Macron provocou um grande debate nas redes sociais neste domingo (16) após seu diálogo com um jovem desempregado no Palácio do Eliseu, durante as visitas propostas na Jornada Europeia do Patrimônio. Diante da reclamação quanto à dificuldade em encontrar um emprego, o chefe de Estado disse que se ele “atravessar a rua, encontra um trabalho”.

Emmanuel Macron a donné de sa personne à la boutique de l'Elysée pendant les Journées du patrimoine, le 15 septembre 2018.
Emmanuel Macron a donné de sa personne à la boutique de l'Elysée pendant les Journées du patrimoine, le 15 septembre 2018. Anne-Christine Poujoulat/Pool via REUTERS
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“Tenho 25 anos e, apesar de mandar currículos, nada acontece”, disse ao presidente o jovem que quer ser um horticultor e estava de visita no Palácio do Eliseu. “Se você estiver preparado e motivado, há empregos nos hotéis, nos bares, nos restaurantes, na construção, não existe um só lugar em que não estejam procurando pessoas. Eu atravesso a rua e posso achar um trabalho para você”, respondeu Macron.

O jovem disse, por sua vez, que não via problema em mudar de área, mas que independentemente disso ele não obtinha resposta dos empregadores. Macron retrucou que bastava ir às ruas com muitos comércios, como no bairro parisiense de Montparnasse, para achar “pelo menos um que está recrutando nesse momento”. 

Hotéis e restaurantes têm vagas

Os internautas responderam ao debate de forma crítica, acusando o presidente de desconhecer a realidade dos desempregados. Desde sua eleição, Macron é acusado por uma parte da sociedade francesa de ter um discurso elitista. Christophe Castaner, secretário de Estado das Relações com o Parlamento e diretor geral do partido A República em Marcha, aprovou a resposta do presidente ao jovem desempregado.

“O presidente está mentindo? Se formos a Montparnasse, não vamos encontrar muitas ofertas de emprego? Prefiro um presidente que diz a verdade do que um que fica calado”, disse Castaner, além de denunciar “o ódio e o desprezo” nas redes sociais.

Os hotéis e restaurantes na França se encontram atualmente com uma escassez de mão-de-obra. Em agosto, Roland Héguy, presidente da principal organização da área da hotelaria, afirmou que havia “100.000 vagas” a serem preenchidas.

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