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Terrorismo

Depois de ataque em Manchester, França quer prolongar estado de emergência

O presidente da França, Emmanuel Macron, pedirá ao Parlamento do país a prorrogação do estado de emergência até 1° de novembro. O novo chefe de Estado também deseja aprovar uma nova lei para reforçar a segurança contra a ameaça terrorista. A decisão, tomada depois do atentado de Manchester, foi anunciada nesta quarta-feira (24) em um comunicado do Palácio do Eliseu.

França pode reforçar o dispositivo de segurança em todo o país.
França pode reforçar o dispositivo de segurança em todo o país. REUTERS/Stephane Mahe
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Antes de sua eleição no dia 7 de maio, Macron já havia indicado que pediria ao Parlamento a prorrogação do estado de emergência, em vigor desde uma onda de ataques em Paris em novembro de 2015. Mas, depois do ataque que matou 22 pessoas e feriu 64 em Manchester, na segunda-feira (22), o presidente francês reuniu o Conselho de Defesa para tratar rapidamente da questão.

No documento divulgado nesta quarta-feira, Macron ressaltou a solidariedade que une a França e o Reino Unido na luta contra o terrorismo. "O Conselho de Defesa examinou os recursos para fornecer toda a assistência possível à investigação das autoridades britânicas", completou a presidência.

O estado de emergência, que entrou em vigor na França no final de 2015, depois dos ataques terroristas contra bares, restaurantes, a sala de shows Bataclan e o Stade de France, já foi prolongado cinco vezes. Se a medida for aprovada, a França completará inéditos 23 meses de estado de emergência.

Reforço das medidas de segurança em salas de shows e estádios

De acordo com o primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, o projeto de lei antiterrorismo pode reforçar as medidas de segurança em espetáculos e estádios do país. O estado de emergência já permite às forças de ordem efetuar batidas, decretar prisão domiciliar de pessoas consideradas perigosas para a ordem pública, proibir manifestações e fechar provisoriamente salas de shows e espetáculos.

Desde os atentados de janeiro de 2015, várias leis contra o terrorismo foram votadas. A última, em maio de 2016, reforça os dispositivos de revista de bagagens, detenção de suspeitos, controle de pessoas que entram no território francês e amplia os poderes de uso de armas pelas forças de ordem, além do reforço da proteção de testemunhas.

Desde sua campanha, Macron promete o reforço de operações de segurança, inteligência e luta contra o terrorismo, além de uma "força contra o grupo Estado Islâmico" que, segundo o ministro do Interior, Gérard Collomb, não é uma "força especial, mas uma coordenação que permite agir melhor". "O presidente quer ser informado em tempo real e ser comunicado todas as semanas sobre a segurança e organização dos serviços de inteligência para eliminar qualquer possibilidade de falha", destacou, lembrando que para cumprir esse objetivo, "todos os ministros são responsáveis".

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