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Terrorismo

Agressor do Louvre começa a ser interrogado, mas se recusa a falar

O autor do ataque contra militares no museu do Louvre, em Paris, perpetrado na última sexta-feira (3), foi interrogado pela primeira vez neste domingo (5), desde que retomou consciência. O egípcio de 29 anos foi gravemente ferido a balas e segue internado em um hospital da capital francesa, mas se recusou a responder as perguntas dos investigadores.

O pai do suposto agressor do museu do Louvre mostrou fotos do filho e declarou que o jovem, "um rapaz simples, apreciado por todos", veio a Paris a trabalho.
O pai do suposto agressor do museu do Louvre mostrou fotos do filho e declarou que o jovem, "um rapaz simples, apreciado por todos", veio a Paris a trabalho. AFP
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De acordo com fontes judiciais francesas, o agressor "se recusa, por enquanto, a falar com os investigadores". O homem foi formalmente detido para interrogatório, depois de retomar a consciência no sábado (4).

Até agora, as autoridades não puderam determinar quais foram as motivações do egípcio de 29 anos, ao atacar um grupo de militares da operação Sentinela, especializados em operações antiterrorismo. No momento da ação, ele gritou "Allah Akbar" (Alá é grande) - um detalhe que caracteriza ataques do grupo Estado Islâmico. Mas nenhum grupo reivindicou o ato até o momento.

Quem é Abdallah El-Hamahmy?

As autoridades também continuam tentando confirmar oficialmente a identidade do agressor. Ele entrou em território francês como turista, há uma semana. No apartamento em que se alojou, no centro de Paris, foram encontrados documentos de um homem, de nacionalidade egípcia, Abdallah El-Hamahmy, de 29 anos.

O pai de Abdallah El-Hamahmy, Reda El-Hamahmy, um militar aposentado, foi entrevistado pela agência de notícias AFP. Ele diz não ter contato com o filho desde a última sexta-feira.

O militar declarou que Abdallah El-Hamahmy, diretor comercial nos Emirados Árabes Unidos, teria vindo a Paris a negócios. Ele também mostrou fotos do filho e informou que o jovem é casado e pai de um bebê de sete meses. Sua mulher, que está grávida, vive na Árabia Saudita.

"É um rapaz simples, apreciado por todos, que nem usa barba", declarou o pai, em referência à barba dos salafistas radicais. O homem se disse "surpreso" com o envolvimento do filho no ataque. "Como alguém de 1,65m pode atacar quatro militares?", declarou. Ele indicou que foi procurado pela polícia francesa e "deu as informações que sabia".

Ato terrorista

O governo francês não tem dúvidas do "caráter terrorista" do ataque, como declarou na sexta-feira (3) o procurador da República, François Molins. Mas a confirmção só pode ser feita pelo autor do ataque.

Pouco antes de atacar os militares no museu do Louvre, o suspeito publicou no Twitter mensagens mencionando o grupo Estado Islâmico, "combatentes na Síria" e chamando o presidente americano, Donald Trump, de Pato Donald: "Você não é mais Donald Trump. A partir de agora seu nome oficial será: Pato Donald". As contas que Abdallah El-Hamahmy mantinha no Twitter e no Facebook foram desativadas.

O museu do louvre reabriu as portas normalmente no sábado. Mais de 7,3 milhões de pessoas visitaram o Louvre no ano passado. Mais de 75% dos frequentadores são turistas estrangeiros.

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