Egípcio de 30 anos é possível autor de ataque perto do Museu do Louvre

O principal suspeito do ataque ao Museu do Louvre nesta sexta-feira (3) é um egípcio de cerca de 30 anos identificado como Abdallah E-H. Hospitalizado em estado grave no Hospital George Pompidou, em Paris, ele já tinha passagem de volta para os Emirados Árabes Unidos marcada para o dia 5 de fevereiro, segundo fontes policiais.

Polícia francesa na frente da Pirâmide do Museu do Louvre nesta sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017. REUTERS/Christian Hartmann

Abdallah E-H atacou um grupo de militares com dois facões na galeria que dá acesso ao Museu do Louvre nessa sexta-feira, por volta de 8h50 da manhã em Paris (5h50 no horário de Brasília). Segundo Michel Cadot, chefe da Polícia de Paris, ele se jogou sobre os soldados proferindo ameaças e gritando “Allah Akbar”, “Deus é grande” em árabe. O ataque foi considerado de “caráter terrorista” pela polícia francesa.

O principal suspeito teria chegado ao aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, no último dia 26 de janeiro. Ele viajou de Dubai, onde teria conseguido um visto egípcio para entrar na França. O agressor se encontra hospitalizado em estado grave no Hospital George Pompidou, no 15° distrito da capital. Ele recebeu cinco tiros dos militares da Operação Sentinela, logo após efetuar o ataque. O presidente francês François Hollande elogiou a "coragem e determinação" dos policiais que impediram o ataque.

A investigação começou a identificar o suspeito através de um celular deixado em uma das duas mochilas que ele carregava na hora do ataque. O passaporte do suspeito foi finalmente encontrado no final da tarde, em um luxuoso apartamento alugado no 8º distrito da capital francesa, perto da avenida Champs-Elysées.

Durante coletiva de imprensa desta sexta-feira, o procurador de Paris, François Molins, disse que o suspeito apresentou um pedido de visto de turista para a França em 30 de Outubro, a partir de Dubai. "Em 28 de janeiro, às 17:31, ele comprou dois facões em um arsenal localizado perto da praça da Bastilha", declarou François Molins. “A identidade do autor deste ataque, no entanto, ainda não está oficialmente estabelecida”, finalizou.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, esteve no local do ataque na manhã desta sexta-feirae confirmou que as cerca de 250 pessoas que estavam confinadas no interior do Carrossel de Louvre e da Escola do Louvre, que se encontra dentro do centro comercial, já haviam sido retiradas em segurança do local.