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Cinema

Morre a atriz francesa Emmanuelle Riva, estrela de "Hiroshima Meu Amor"

A atriz francesa Emmanuelle Riva, que ganhou fama mundial como a protagonista do filme "Hiroshima Meu Amor", morreu nesta na sexta-feira (27), aos 89 anos. Homenageada com vários prêmios durante sua carreira, ela voltou a ter grande destaque em 2012 com "Amor", produção que lhe rendeu uma indicação ao Oscar.

Emmanuelle Riva, conquistou o César de melhor atriz por seu papel no filme "Amor", de Michael Haneke.
Emmanuelle Riva, conquistou o César de melhor atriz por seu papel no filme "Amor", de Michael Haneke. REUTERS/Charles Platiau
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Nascida em 1927 em uma família de operários do leste da França, desde adolescente a jovem, que foi batizada Paulette Germaine Riva, declamava as falas de personagens clássicos em seu quarto. Aos 19 anos, pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial, viajou a Paris para estudar artes dramáticas, apesar das dúvidas de sua família. Treze anos depois, em 1959, veio a consagração mundial com Hiroshima Meu Amor, primeiro filme de Alain Resnais, baseado no texto de Marguerite Duras, que narra uma história de amor entre uma artista francesa e um arquiteto japonês na cidade devastada pelo primeiro ataque com bomba atômica da história.

Em 1962 ela venceu o prêmio de melhor atriz no Festival de Veneza por seu papel em "Thérèse Desqueyroux". Mas apesar da fama, Emmanuelle Riva sempre permaneceu discreta. "Depois de Hiroshima, lutei com todas as minhas forças para evitar que me estereotipassem. O que interessa aos atores é poder mudar de papel", recordou em 2012, ano em que voltou às telas com “Amor”, filme do austríaco Michael Haneke, premiado com a Palma de Ouro do Festival de Cannes.

Na trama ela interpreta uma mulher doente, à beira da morte em meio a grandes sofrimentos, compartilhados por seu marido, interpretado por Jean-Louis Trintignant. O papel deu a Emmanuelle Riva o prêmio César de melhor atriz, assim como o britânico Bafta e uma indicação ao Oscar.

Meio século de carreira no teatro, cinema e televisão

Durante meio século, a atriz trabalhou no teatro, cinema e televisão, entre papéis de protagonista ou coadjuvante dos mais diversos tipos. Em 2014 recebeu seu último prêmio, o Beaumarchais, entregue por um júri de críticos do jornal francês Le Figaro por sua atuação na peça "Savannah Bay" de Marguerite Duras.

"Até o final ela permaneceu ativa", declarou sua agente, Anne Alvares Correa. “Emmanuelle Riva era uma mulher comovente, uma artista de rara exigência. Uma voz inesquecível desaparece. Uma voz habitada pelo amor das palavras e da poesia", afirmou Frédérique Bredin, presidente do Centro Nacional do Cinema (CNC) da França.

(Com informações da AFP)

 

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