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França/atentado

Salah Abdeslam, um dos terroristas do 13 de novembro, comparece ao tribunal em Paris

Salah Absdelam, um dos jihadistas que teria organizado os atentados de 13 de novembro em Paris, chegou nesta quinta-feira (8) de manhã ao palácio de Justiça de Paris, no centro da cidade, onde está sendo ouvido pelos juízes da seção antiterrorista.

Salah Abdeslam, o único sobrevivente da célula de Paris é ouvido no Palácio de Justiça de Paris.
Salah Abdeslam, o único sobrevivente da célula de Paris é ouvido no Palácio de Justiça de Paris. REUTERS/Philippe Wojazer
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Abdeslam deixou sua cela em Fleury-Mérogis, no sul de Paris, no início da manhã. O comboio, cercado de um forte esquema de segurança, chegou por volta das 07h30 ao palácio de Justiça. Depois de ser transferido da Bélgica para a França no dia 27 de abril, o principal suspeito de ter planejado os ataques de Paris e de Saint Denis em 13 de novembro, que deixou mais de 130 mortos, continua em silêncio e não forneceu nenhuma informação durante os interrogatórios.

De acordo com seu advogado, Frank Berton, Abdeslam se recusa a falar por conta da videosegurança permanente em sua cela, onde ele está isolado. Para evitar qualquer tentativa de fuga ou suicídio, ele é filmado por duas câmeras durante todo o dia e até mesmo na academia e no pátio.

Ataque abortado

No final de julho, o Conselho de Estado francês estimou que o dispositivo não era “exagerado” em razão do “caráter excepcional das acusações”, envolvendo o pior atentado da história da França. A Justiça francesa ainda tenta descobrir qual foi exatamente a participação de Abdeslam nos ataques.

Depois de ter levado os três kamikazes ao Stade de France, onde aconteceu uma das explosões, ele estacionou o carro no 18° distrito de Paris. O que ele fez em seguida permanece um mistério para a polícia.Absdelam deixou para trás um cinturão de explosivos. As autoridades francesas acreditam que ele também deveria ter cometido um ataque suicida, enquanto seus cúmplices atacavam o Bataclã e outros restaurantes em Paris.

Durante a noite, o jihadista foi resgatado por outros membros do grupo Estado Islâmico que o teriam levado para a Bélgica, onde foi preso e extraditado para a França no fim de junho. O terrorista conhecia o belga Abdelhamid Abaaoud, considerado como o mentor dos ataques. Segundo a polícia francesa, Abdeslam também era responsável pela logística, alugando carros e apartamentos na região parisiense para os extremistas. O jihadista também ajudava os terroristas a desembarcar na Europa.
 

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