Voluntária brasileira conta experiência com refugiados de Paris
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Ouvir - 07:08
Um projeto profissional trouxe a jornalista Izabela Moi, cofundadora da Agência Mural de Jornalismo das Periferias, na região metropolitana de São Paulo, a passar uma temporada em Paris. Ao chegar à capital francesa, em março passado, ela encontrou em seu bairro centenas de migrantes vivendo nas ruas em situação dramática. Rapidamente, Izabela decidiu tornar-se voluntária em um coletivo de cidadãos franceses que oferece ajuda aos migrantes na avenida de Flandres, no 19° distrito de Paris.Em entrevista à RFI, Izabela conta sua experiência com os solicitantes de asilo e a ideia de criar, na capital francesa, um projeto semelhante ao que desenvolve em São Paulo. "Eu vi que a invisibilidade dos jovens recém-chegados, que querem ficar na França, ser franceses, mas que não conseguem ter voz, se expressar e se articular como cidadãos é maior ainda do que nas periferias. Parte do meu envolvimento como voluntária é tentar chegar até esses jovens que já estão aqui, estabelecidos, e talvez queiram começar um blog ou um site de notícias sobre e para a vida deles", conta a jornalista. Em São Paulo, a Agência Mural tem uma rede de 80 correspondentes locais, todos jovens jornalistas residentes em áreas periféricas. Chamados de "muralistas", eles cobrem o dia a dia em cerca de 45 bairros e dez cidades da Grande São Paulo, sob um ângulo que contempla a complexidade dessas comunidades distantes do centro e, na maior parte do tempo, negligenciadas pela grande imprensa ou lembradas apenas pela violência.
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