Volta de ex-premiê e de ecologistas marca reforma ministerial na França

O presidente socialista francês, François Hollande, anunciou nesta quinta-feira (11) um remanejamento do gabinete. O ex-primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault foi nomeado chefe da diplomacia substituindo Laurent Fabius, que vai liderar o Conselho Constitucional francês.

Jean Marc Ayrault, novo ministro das Relações Exteriores da França.

O novo gabinete Valls conta com 38 ministros e secretários de Estado, contra 32 do governo precedente. A nova formação é paritária: são 19 homens e 19 mulheres.

Ayrault, 66 anos, havia sido chefe de governo entre 2012 e 2014 e foi substituído pelo atual primeiro-ministro, Manuel Valls. Segundo o palácio do Eliseu, o novo chanceler é “um homem experiente e que conhece muito bem as questões europeias e as relações França-Alemanha”. A saída de Fabius, anunciada na quarta-feira, foi a primeira mudança de uma remodelação que Hollande vem preparando há alguns meses.

Hollande tenta melhorar imagem entre a própria esquerda

O chefe de Estado, com índices muito baixos de popularidade e criticado dentro de seu próprio campo sobre suas medidas econômicas e de segurança, precisará de um impulso se quiser buscar a reeleição em 2017.

Com o objetivo de ampliar sua base política com esta reforma ministerial, Hollande trouxe de volta ao governo os ecologistas, que tinham deixado o Executivo em 2014 quando Manuel Valls foi nomeado primeiro-ministro.

Considerado um liberal, Valls foi criticado pelo setor mais esquerdista de seu partido por suas medidas a favor das empresas, mas também por sua mão dura após os atentados de 2015.

Ministra da Ecologia tem mais poderes em assuntos globais

Já Ségolène Royal, cotada para o posto nas Relações Exteriores, permanece no ministério da Ecologia, mas com perímetro de ação maior no âmbito internacional.

Fleur Pellerin, ministra da Cultura, foi substituída por Audrey Azoulay, conselheira do presidente.