Violência: saiba em quais bairros de Paris ocorrem mais estupros
Um estudo inédito sobre as características dos estupros cometidos na capital francesa, Paris, revela que a metade das vítimas estava alcoolizada ou drogada no momento do abuso. Ao contrário do que se possa pensar, a maioria das agressões não acontece nas regiões periféricas e mais pobres da cidade, e sim em bairros luxuosos ou com uma vida noturna animada.
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O estudo do Observatório Nacional de Luta contra a Delinquência se refere às ocorrências entre 2013 e 2014. A maior parte dos casos ocorreu no 1º (centro), 9º e 10º distritos (norte), bairros turísticos da cidade – o primeiro abriga o museu do Louvre e a catedral Notre-Dame, o segundo é onde fica a ópera Garnier e, no terceiro, situam-se duas das principais estações de trem da cidade, Gare du Nord e Gare de l'Est.
Outra ideia equivocada é a de que apenas os desconhecidos em ruas desertas seriam as verdadeiras ameaças. Em 50% os registros, a vítima conhecia o agressor, e o estupro aconteceu em um local privativo, como um apartamento ou um carro. Apenas 12% dos abusos sexuais foram cometidos em lugares públicos, sendo 10% em plena rua.
Metade dos estupradores são estrangeiros; maioria das vítimas são francesas
Em geral, o estuprador não precisa recorrer à violência física: a simples ameaça é suficiente para consumar o crime. Em somente 8% dos casos, o agressor usou uma arma, como uma faca.
O relatório, obtido pela emissora Europe 1 aponta que 93% das vítimas eram mulheres e 100% dos agressores, homens. A idade média das vítimas é de 30 anos e a dos estupradores, 34. Do total de criminosos, 48% tinham a nacionalidade francesa. O índice sobe para 68% entre as vítimas.
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