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Terrorismo/França

"O inimigo da França é o grupo Estado Islâmico", diz ministro francês da Defesa

O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, justificou nesta sexta-feira (9) a importância de combater o grupo Estado Islâmico, que classificou como "inimigo da França". O exército francês realizou ontem novos bombardeios na Síria, em um campo de treinamento dos jihadistas em Racca.

Ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, explicou nesta sexta-feira (9) a importância de combater o grupo Estado Islâmico.
Ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, explicou nesta sexta-feira (9) a importância de combater o grupo Estado Islâmico. REUTERS/Stephane Mahe
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"O perigo para a França é o grupo Estado Islâmico. É na Síria que os atentados são organizados e que os combatentes estrangeiros são treinados com a missão de vir nos atacar. O inimigo da França é o grupo Estado Islâmico", salientou, em entrevista à rádio Europe 1.

Le Drian criticou as ações militares russas na Síria. Segundo ele, entre 80% e 90% dos alvos de Moscou não correspondem a instalações dos jihadistas. "As ações militares russas realizadas há cerca de dez dias não têm como alvo o grupo Estado Islâmico, têm como prioridade preservar a segurança do presidente sírio Bashar al-Assad", declarou o ministro. "A Rússia considera que é preciso proteger Bashar. Nós consideramos que Bashar não faz parte da solução ao conflito sírio", reiterou Le Drian.

França dará sequência a bombardeios

O ministro também deu detalhes sobre os bombardeios realizados pelo exército francês nesta quinta-feira (8). "Dois aviões Rafale lançaram bombas contra um campo de treinamento. Os alvos foram atingidos", declarou, lembrando que outros ataques serão feitos.

Le Drian afirmou que a principal dificuldade encontrada pelo exército francês é a utilização da população civil do Iraque e da Síria pelos extremistas como escudo humano. "O grupo Estado Islâmico se organizou de tal forma que crianças, mulheres, civis, estão na linha de frente. Os responsáveis se escondem em escolas, mesquitas, hospitais, o que complica a ação da coalizão, porque não queremos causar vítimas colaterais", acrescentou.

Coalizão

A França é parte da coalizão liderada há mais de um ano pelos Estados Unidos, que desde então bombardeia pelo ar alvos do grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque. No dia 30 de setembro, a Rússia, aliada de Assad, iniciou sua própria campanha aérea na Síria, dizendo querer combater o terrorismo, mas atacando principalmente adversários do presidente sírio.

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